fevereiro 13, 2012

Pequeno post de esperança

Um aluno veio hoje dizer-me no final da aula que Portugal é muito bem visto. Estranhei. Perguntei o que queria dizer. Disse-me que costuma frequentar um chat num site gótico com pessoas de muitos países e que lhe dizem todos muito bem de Portugal. Como estava a sorrir e é brincalhão assumi que estaria a gracejar. Não, a sério. Se não fosse a parte económica, disse, que lamentam, Portugal era o maior. Mas donde são essas pessoas, indago curiosa. Ingleses, mexicanos, lituanos, tantos. Acrescentou que elogiam a história, a música, a gastronomia, as paisagens, que é muito bonito, que adoraram e adoram cá vir. Música? Conhecem a música portuguesa?, espanto-me. Sim professora. A Canção do Mar, Dulce Pontes, e O Pastor, Madredeus, estão entre as favoritas.
Nem tudo está perdido, afinal. O aluno é gótico e diz que é um vampiro ("my nights are very busy") mas é bom aluno e tão doce e afetuoso que há que lhe dar algum crédito. O crédito que Portugal vai perdendo no campo económico mas que se aguenta, para nosso gáudio, noutros, ainda que de somenos importância no panorama atual. Nem tudo está desacreditado. Sobretudo quando 3 nações nos reconhecem. Esperança.

6 comentários:

  1. Madredeus são transculturais.Conheci índios no Bornéu que tocavam em flautas de bambu melodias dos Madredeus.

    A propósito de ser "grande", em Malaca os descendentes dos portugueses de há muitos séculos, continuam a falar português arcaico, têm um pequeno museu ( e muito orgulho nele) e dançam folclore português.

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  2. O seu aluno tem razão, Fatima! nem tudo esta perdido!
    Beijinho

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  3. Camalees:) Foi isso de que me pude aperceber, dessa transculturalidade, se assim o posso dizer, sobretudo na música e como isso me fez alegrar:) Sabe que A Canção do Mar, por ex, é apreciadíssima nos países árabes, também. Ouvi-a uma vez num táxi na Tunísia:) Obrigada pelo comentário, um beijinho.

    Isso, Helena, há que dar crédito ao otimismo:) Fiquei contente com as "notícias" e a satisfação dele, tb:) Bjs

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  4. A troika pode tirar-nos o dinheiro para o sustento, mas por mais que se esforce nunca conseguirá apagar o património cultural que espalhámos pelo mundo ao longo dos séculos. Apesar de apenas termos estado uns anos em Malaca ou Colónia del Sacramento, a nossa cultura permanece bem viva naquelas paragens. Para já não falar de Goa, um caso ímpar de preservação da nossa cultura e da portugalidade que a néscia compostura dos nosso governantes ( actuais e passados) olimpicamente ignora e nada faz para preservar.

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  5. Nem tudo está perdido. Pode ser que alguém nos encontre, já que nós não conseguimos...
    :(

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  6. Carlos - obrigada pela visita:) O post tem um lado brincalhão mas na verdade ali ficámos a sorrir pelo impacto da nossa cultura por esse mundo. Que às vezes até desconhecemos e que importa saber. Na medida certa, sem exageros nem baixa autoestima.

    jrd :) :) Tento levar as coisas c algum humor, embora saiba que a situação é dificílima para mt gente. Independentemente da visão política das coisas e da dura realidade e conómica, eu ainda confio no futuro... Mts vezes engano-me, mas pronto, e falando em perdermo-nos, I´m a lost case ::::))))

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