dezembro 04, 2013

O meu querer e o teu querer


Hoje, mais uma vez, confirmei que não podemos mudar os outros - ajudando-os, diga-se - se eles próprios não querem mudar. Hoje, mais uma vez, confirmei que não sou de insistências - quer, quer, não quer, não quer. E disto hoje confirmei, mais uma vez, que não sou de masoquismos - porquê preocupar-nos e incomodar-mo-nos com quem não merece? Há tanta coisa que requer e quer a nossa atenção e esforço. Hoje também e mais uma vez confirmei que de vez em quando uma pessoa desacredita ou então que as nossas impressões no fundo não estavam erradas e que o nosso querer não basta. E, pior, que por vezes não vale a pena. E que sair e deixar que cada um siga o seu caminho é inevitável. Ou necessário. E até justo. Sair, tantas vezes, é a nossa sobrevivência ainda que seja o contrário para quem deixamos que siga. Pode ser que a fé volte, voltará, porque há sempre quem nos ponha de volta no trilho da esperança, mas não todos. Inegável. Os caminhos estão em aberto - que os sigam, para o lado que quiserem. Tenho pena e não o desejaria mas querer, por vezes, no nosso caso, não é poder. 

8 comentários:

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    1. Estou descrente, jrd, nos casos concretos que inspiraram este post. E mais não posso - porque não quero - dizer.

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  2. Arriscaria dizer, se me permite, Fátima, que não se pode e não se deve mudar os outros. Uma coisa é conversar com alguém explicando o porquê de algo que nos desagrada, outra é querer moldar a pessoa à nossa medida. Isso é muito perigoso, para além de cansativo e porque não dizê-lo, tremendamente frustrante.

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    1. Este post nada tem a ver com querer moldar os outros à minha/nossa medida, de longe. Se referisse o que me inspirou a escrever isto, maria, o seu comentário seria decerto diferente. Mas concordo numa coisa . é frustrante. Até certo ponto, porque eu também consigo - thank god - desligar.

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  3. Sin, Fátima, não podemos mudar os outros; os outros podem sempre mudar sozinhos, se quiserem ou puderem, mas a sua mudança não depende de nós. Podemos não admitir determinado tipo de comportamento, ação ou reação e os outros respeitarem isso, mas mudar é outra coisa. Muda-se por dentro. A mudança (ou não) depende sempre duma série de fatores que não controlamos. Então, temos que optar pelo respeito mútuo: eu quero isto e tu queres aquilo… se não for possível arranjar um ponto de concordância, melhor é seguir por caminhos diferentes.

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    1. Neste caso, podem, mas pelos vistos, não querem. E não posso respeitar - ou melhor, entender - o caminho para o abismo que estão a trilhar.

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  4. Sin, Fátima, não podemos mudar os outros; os outros podem sempre mudar sozinhos, se quiserem ou puderem, mas a sua mudança não depende de nós. Podemos não admitir determinado tipo de comportamento, ação ou reação e os outros respeitarem isso, mas mudar é outra coisa. Muda-se por dentro. A mudança (ou não) depende sempre duma série de fatores que não controlamos. Então, temos que optar pelo respeito mútuo: eu quero isto e tu queres aquilo… se não for possível arranjar um ponto de concordância, melhor é seguir por caminhos diferentes.

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  5. Pois há. E mulheres, também :) Estou a brincar, Eufrázio. Uma boa noite para si.

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