dezembro 29, 2012

Epopeia infantojuvenil


Lançamento da obra infanto-juvenil ''A vida a rimar''


Hoje tive a honra, porque me foi totalmente inédito e me enriqueceu bastante, de apresentar em Coimbra o primeiro livro de um querido amigo. Conheci-o vai para dois anos, via FB, através de uma amiga comum. Para os detratores do Facebook, esta é uma amostra do que de bom também pode e deve ter. Há uma semana atrás, o meu amigo, pseudónimo Mino, nome pelo qual também é chamado, lançava-me o repto - estar na mesa com ele e a responsável pela editora para falar do seu "filho", abordando a sua temática e lendo passagens do mesmo. Estou tão atarefada, pensei. Vem aí o natal, recebo em casa, tenho uma peça de teatro para levar a concurso para as Escolíadas para terminar, o pequeno quer atenção e prometi dar umas arrumações a coisas em lista de espera. Mas acedi, porque me sensibilizou o convite e sei - imagino - como é importante o lançamento de um livro, de um primeiro livro.
De que consta este, afinal? Trata-se de uma abordagem ao estilo camoniano da epopeia lusitana, dez histórias que são uma viagem pela infância e primeira adolescência, com a nona a ser chamada, simbolicamente ou não, propositadamente ou não, Nove ilhas dos amores. As histórias são em verso, e a leitura a rimar é uma leitura a brincar, ainda que com narrativas impregnadas de mensagens e valores que importa cultivar. Desde os romances e desilusões amorosas de quem é pequeno, passando pelas pequenas queixas e aparentes infelicidades de quem tudo tem, contrastando depois com meninos que nada têm, até à desertificação das aldeias e abandono das velhas profissões do interior, numa história contada pelo "filho da montanha", temos nesta obra um desfile de crianças que vivem emoções e aventuras tiradas diretamente do real, do quotidiano de todas elas e de todos nós que também já o fomos.
Pessoalmente, foi um prazer que o Mino me proporcionou, a leitura expressiva (esperançosamente) de passagens das histórias que considerei mais significativas, numa obra de estreia excelentemente escrita e ilustrada com desenhos da sobrinha do autor, com dez anos. O meu pequeno, a traquinar desde o almoço, esteve caladinho na assistência, concentrado no que ouvia. É essa a magia real das histórias, destas histórias - as crianças podem ser cada um de nós, no presente ou no passado, e cantá-las, contá-las a rimar, um dos seus maiores tr(i)unfos.
Parabéns, Cris, e continua. Estou pronta para outra.

12 comentários:

  1. Parabéns ao autor e à ilustre oradora! A história parece interessante pelos teus comentários... que tenha sucesso! Dulce Novo

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    1. Obrigada, Dulce, o autor está de parabéns. Quanto a mim, adorei esta experiência nova... :)

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  2. Parabéns a ti e ao autor da obra!Falas bem desse livro e apetece entrar nessa epopeia. Muitos beijinhos.

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    1. O livro é giríssimo, foi um prazer enorme apresentá-lo. Obrigada, Gi.

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  3. Amiga,
    Adorei o teu texto, escrito com tanto carinho e sensibilidade, sobre uma pequena obra que me encantou e que fez as delícias de pequenos e graúdos na plateia durante a apresentação.
    São, de fato, historinhas enternecedoras com rimas e que nos tocam no coração! Espero que esta seja apenas a primeira aventura do autor e que voltes a brilhar numa apresentação de uma obra. Marla

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  4. És sempre uma amiga muito generosa nos afetos e nas palavras, Marla. Gostei muito que tivesses estado lá.

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  5. MESMO MUITO GIRO! Sagi

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  6. Faty, acho que ainda vou a tempo para esta nova resolução do ano 2013: visitar o teu blog/blogue mais vezes! As questões que abordas são sempre pertinentes e, claro, os textos são sempre muito bem escritos. Só tenho um problema, não consigo deixar comentários curtos, é quase impossível! Há tempos inventei uma expressão pouco bonita mas que descreve fielmente a minha verdadeira natureza: diarreia verbal! Sofro, amíude, desta condição pré-exstente e ainda não há cura para isto! :)

    Obrigado, também aqui, por teres sido uma magnífica crítica/co-apresentadora do livro A vida a Rimar!

    Estilo camoniano acho que não (‘cada macaco no seu galho’) mas o autor Mino talvez gostasse de ser conhecido como o rapper favorito das crianças! ;)

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    1. :) Mas podes fazer comentários longos, Cristiano! Eu lê-los-ei, seguramente:) Obrigada pela visita e pelas palavras. E parabéns a ti, pelo teu livro!

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    2. Pois Faty, mas depois quem é que vai trabalhar? Ou quem é que faz a comida? :) Ė como te disse, sou lentinho a escrever, demoro o meu tempo, pelo menos muito mais que tu. Mais sim, farei por vir aqui mais vezes!

      Obrigado e parabéns a ‘nozes’! ;)

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