maio 25, 2013

Ligo e logo desisto

                              
Estar sem computador uns dias dá nisto: o mundo não sabe de mim nem eu sei do mundo. Para o pior... ou melhor? Para começar, inúmeras coisinhas que queria comentar perderam a atualidade e eu perdi a vontade. É que realmente há certas coisas que só a quente porque depois, porque não me são importantes, até me esqueço delas, fazendo por isso ou não. Sem computador, portanto. Pode viver-se sem net? Sem blogue, sem facebook, sem e-mail e o resto? Eu dizia que não há uns dias atrás e uma colega mais velha, ajuizadamente, dizia que sim, que eu podia. E a verdade é que pude. Aliás, tive mais tempo para outras coisas como dedicar-me à la maison, que é algo que dá trabalho e requer manutenção, andar no pátio a jogar basquetebol com o pequeno, ir por aí e acolá ao final da tarde, e mais. Claro que não estive completa completamente desligada, na escola fui ver o e-mail diariamente e lá fui espreitando o resto, mas muito rapidamente. Pensei no AE, claro, como não, mas também não foi o fim. Consegui até publicar algo, sofrível, eu sei, mas não deu para mais. Comportável a tempo inteiro? Não, mas foram muito menos horas em linha, mais leves, sem as crispações e irritações do mundo cibernáutico (na maior parte das vezes projeções do mundo exterior) , as indignações, as opiniões, as confusões, as coisinhas de que falo lá em cima, que me interessam momentaneamente ou nunca, porque as que me interessam sempre resistem às vontades e aos tempos. Como não é mau estar fora, algumas vezes. Que vida boa se pode ter longe daquilo que é sempre o mesmo ou se torna pior. Pode sempre piorar, diz um querido amigo. O mesmo para a televisão, claro. E rádio. Sem informação, como se pode ser tão mais feliz. Não se pode viver alheado e ficar à margem dos acontecimentos mas quando a indiferença, ou melhor, o desconhecimento, surge das circunstâncias ou da vontade e sabe bem é aproveitar. São férias. O país está louco, diz-se. Anda tudo doido, diz-se outra vez. Não se anda longe da verdade. Temos de nos salvaguardar, certo? Férias. Férias, mesmo se significa apenas desligar e andar a bater a bola nas traseiras.


5 comentários:

  1. Sabes que eu, às vezes, sinto o mesmo?
    Há alturas em que não tenho mesmo tempo para o facebook nem para o blogue. Custa-me, claro. O "Óculos do Mundo" é assim como um espaço de encontro comigo própria, no meio da confusão diária.A menina dos meus olhos :) Dou por mim a pensar "tenho de fazer um post sobre isto!" Mas depois não tenho tempo e a verdade é que sobrevivo bem :) De repente, há mais tempo para outras coisas! E, se tenho saudades, também funciona como um intervalo...
    Mas, depois, também sabe bem rever(ler) os blogoamigos...

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    1. Teresa, esta é muito gira:
      https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10151611698637290&set=a.407362267289.183428.90825907289&type=1&theater
      De resto, concordo com o que dizes, claro, eu, que que sofro de saturações ocasionais de (quase) tudo :) Bjs

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    2. Saturações do que é mau, claro :)

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  2. Anda tudo louco mesmo e o basket é muito mais bonito :)

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    1. Muito, mesmo:) Eu gosteo destas coisas: jogar à bola, correr, bicicleta, tudo isto com o garoto é muito "bonito" :)

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