Foi um grande prazer ter escrito a peça, muito simples, embora me tenha sido muito difícil a adaptação dos contos à contemporaneidade, um grande prazer ter escrito o poema para a dança - que bem ficou com a linda voz da Dina Ribau - e ainda os pequenos guiões de apresentação das duas provas. Não passamos à final, a competição foi dura e boa, nem sempre justa e igual, mas são experiências enriquecedoras para nós e para mim. Obrigada pelas oportunidades, parabéns aos alunos e que bom foi viver tempos de cumplicidade e criatividade conjunta. Para o ano, outra vez?
Teatro
Durante anos, entramos,
noite após noite, no mundo maravilhoso dos clássicos infantis. Depois, quando
crescemos deixamos de ler contos de fadas. Quer isto dizer que as histórias da
infância desaparecem da nossa vida para sempre? Pode ser. Ou não. Não poderemos
nós depois encarnar as personagens dos contos para crianças através do nosso
percurso? Não poderemos nós, intencionalmente ou não, percorrer os caminhos da
floresta? Não poderemos nós ser marionetas de vontades que não são nossas? Não
poderemos nós sonhar com príncipes que nos arrebatem? Podemos, e o final pode
ser o de sempre, feliz. Ou não. Mas, e se não for, não poderemos nós aprender
com a nossa história? E, melhor, não poderemos nós tentar uma outra vez?
Dança
Ao longo dos tempos, as histórias foram contadas a crianças
mas também a jovens e adultos. Entre a tradição oral e os livros, fadas,
duendes, príncipes, reis, meninos, bichos, povoaram o imaginário individual e
coletivo de todos, cá e além-mar. Mas viverão estas e outras personagens apenas
de livros e contadores de histórias? Não poderão as princesas e as rainhas, os
feiticeiros e os bonecos ter vida através de outras formas de arte? A dança.
Não será esta uma das expressões artísticas que traduz singularmente os sonhos
de cada um de nós? Um incrível sopro de ritmo, som e movimento que nos faz
projetar num mundo de, à partida, maravilhosa magia? A dança. Conta e contará
histórias, uma e outra vez.
Valeu a pena o esforço e o trabalho. Tanto como valeu a pena ler o texto e assistir ao video.
ResponderEliminarParabéns!
Um beijo
Obrigada, jrd. Sabe o que mais me comoveu nisto tudo? A entrega dos alunos africanos, maior ainda do que a dos portugueses, incrível, não é? Tão distantes de casa e tão dedicados, que bom é ver algo assim. Enfim, isto são coisas minhas, nossas, de escola, com pouco interesse para os outros, mas não consegui deixar de partilhar! O prazer em participar assim o exigiu :)
Eliminar