maio 07, 2013

Pela última vez...

Foi um grande prazer ter escrito a peça, muito simples, embora me tenha sido muito difícil a adaptação dos contos à contemporaneidade, um grande prazer ter escrito o poema para a dança - que bem ficou com a linda voz da Dina Ribau - e ainda os pequenos guiões de apresentação das duas provas. Não passamos à final, a competição foi dura e boa, nem sempre justa e igual, mas são experiências enriquecedoras para nós e para mim. Obrigada pelas oportunidades, parabéns aos alunos e que bom foi viver tempos de cumplicidade e criatividade conjunta. Para o ano, outra vez?

Teatro

Durante anos, entramos, noite após noite, no mundo maravilhoso dos clássicos infantis. Depois, quando crescemos deixamos de ler contos de fadas. Quer isto dizer que as histórias da infância desaparecem da nossa vida para sempre? Pode ser. Ou não. Não poderemos nós depois encarnar as personagens dos contos para crianças através do nosso percurso? Não poderemos nós, intencionalmente ou não, percorrer os caminhos da floresta? Não poderemos nós ser marionetas de vontades que não são nossas? Não poderemos nós sonhar com príncipes que nos arrebatem? Podemos, e o final pode ser o de sempre, feliz. Ou não. Mas, e se não for, não poderemos nós aprender com a nossa história? E, melhor, não poderemos nós tentar uma outra vez?


Dança 

Ao longo dos tempos, as histórias foram contadas a crianças mas também a jovens e adultos. Entre a tradição oral e os livros, fadas, duendes, príncipes, reis, meninos, bichos, povoaram o imaginário individual e coletivo de todos, cá e além-mar. Mas viverão estas e outras personagens apenas de livros e contadores de histórias? Não poderão as princesas e as rainhas, os feiticeiros e os bonecos ter vida através de outras formas de arte? A dança. Não será esta uma das expressões artísticas que traduz singularmente os sonhos de cada um de nós? Um incrível sopro de ritmo, som e movimento que nos faz projetar num mundo de, à partida, maravilhosa magia? A dança. Conta e contará histórias, uma e outra vez.

Vídeo da dança, aqui.

(E pronto, chega desta história.)

2 comentários:

  1. Valeu a pena o esforço e o trabalho. Tanto como valeu a pena ler o texto e assistir ao video.
    Parabéns!
    Um beijo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada, jrd. Sabe o que mais me comoveu nisto tudo? A entrega dos alunos africanos, maior ainda do que a dos portugueses, incrível, não é? Tão distantes de casa e tão dedicados, que bom é ver algo assim. Enfim, isto são coisas minhas, nossas, de escola, com pouco interesse para os outros, mas não consegui deixar de partilhar! O prazer em participar assim o exigiu :)

      Eliminar