agosto 19, 2013

Quo vadis?


Não tenho acompanhado de forma elucidativa e completa os acontecimentos no Egito. Já aqui registei que uma democracia não se esgota em eleições. Mas também não sou a favor de golpes militares, sobretudo se instalam regimes em que se resolve tudo à lei da bala. E pensar que uma civilização que já foi tão grandiosa, apesar dos pesares, mergulhou, mais uma vez, numa convulsão que afasta ainda mais a melhoria de condições de vida para uma grande parte - para a grande parte - da população. Quando era novita, fascinava-me o país das Pirâmides e do Nilo. Hoje esse encantamento desvaneceu-se, por várias razões, embora acredite que as suas estâncias balneares sejam boas e que a experiência de visitar o país seja um enriquecimento a vários níveis. Mas agora não. Agora está longe de uma segurança que é essencial, quer para visitantes, quer para residentes. Conheço um engenheiro egípcio, também com nacionalidade canadiana, que está na Universidade de Aveiro e que foi agora passar quinze dias ao Cairo, para ver a família. Não saiu de casa, ao que se me constou. Em tempo de férias, o Egito não deixa espaço para a tontice de verão. Bom seria que deixasse, bom sinal seria. E não tanto por causa de quem o visita mas essencialmente de quem lá vive. E que não tem nada a ver nem com desejos de medievalismo religioso nem com a tirania das armas. 

2 comentários:

  1. A primavera árabe foi um sinal de esperança para todas as gerações desses países, cansados de tanta prepotência e despotismo. Porém, o extremismo religioso tem cegado aqueles que ocuparam o poder. Continuo otimista e espero que haja uma luz ao fundo do túnel que se sobreponha a essas trevas... Marla

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    1. Também o espero... As pessoas pacíficas e liberais daquelas bandas assim o merecem.

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