agosto 10, 2013

Os bichos


Aqui em casa voltou-se à bicharada. Está de férias, sozinho, sem a influência dos outros, e desta forma ficaram para segundo plano os beyblades, os skylanders, e todos os outros nomes parecidos, com funções parecidas e despesas parecidas. Voltaram as enciclopédias, o nat geo wild, os dinossauros, as espécies, os felinos e a savana toda. Voltou a si mesmo, desde que era bem pequenino. Bicharada, vida animal, biologia, ciência, um possível caminho. Voltou ao que ele é. E não consigo deixar de projetar esta ideia um pouco mais. Tal como as crianças, também nós mudamos, pelo menos aparentemente, com os outros e por causa dos outros. Ou seja, deixamo-nos influenciar. Ainda que digamos que não, a verdade é que por vezes nos desviamos do nosso caminho por causa dos outros. Melhor ou pior, nem sequer é essa a questão. Mas desviamo-nos, encetamos outras possibilidades, exploramos. Não que haja mal nisso, a serem os caminhos alheios melhores que os inicialmente traçados por nós. A permitirem aprendizagens que nos enriqueçam. Mas isto, observado num pequeno comportamento de uma criança, tem muito que se lhe diga. Significa que se foge muitas vezes à nossa própria verdade. Que se parece, também, o que não se é. O ser e o parecer coabitam em nós, até se podem contradizer. Ou complementar-se. Mas, dizia, significa uma fuga de alguma espécie. Um salto em frente... ou não, possivelmente. Em suma - nós somos quando estamos sozinhos. O resto é reação, imitação, reflexo, resposta. Resta saber se o que somos chega para as encomendas. Ou se precisamos de parecer para seguir. É bem possível. 

3 comentários:

  1. Ainda vai ser um zoólogo como a Diane Fossey. Adorei o filme "Gorilas na Bruma", inspirado na vida e no trabalho dela. Marla

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