setembro 30, 2011

México

Aprecio mais mas muito mais as telas (e murais) do mulherengo mexicano do que as da sua doida e fascinante mulher. Para lá da invulgar e louca relação entre os dois e da admiração que tenho invariavelmente por Frida - rebeldia, alegria, resistência à dor, ousadia, sofrimento, feminino feminismo - a arte de Diego Rivera é inconfundível e marcante. Nos seus quadros viaja-se até a um México bem menos sofrido, ainda que ilustrando profissões de gente simples, colorido, belo e entendível.

E, claro está, lá estão tantas vezes os bouquets de jarros, que fazem parte das minhas flores de eleição, sobretudo quando em tela. Estes são quadros (ao contrário de outros igualmente famosos que me dariam pesadelos caso os visse a meio da noite e provavelmente não só) que, decididamente, conseguiria ter na minha sala. Vê-los na parede seria incursar, ainda que por momentos, no fantástico, criativo e eternizante mundo de uma coisa chamada arte.

4 comentários:

  1. Aprecio os trabalhos de ambos, mas sou uma apaixonada pela Frida. Mesmo sendo uma arte muito
    "sofrida", baseada nas experiências pessoais dela, é isso que a torna marcante. Isto não significa que o trabalho da Frida seja melhor ou superior ao do Diego. Não tenho dúvidas sobre a qualidade e beleza dos quadros do Diego, mas os quadros da Frida são simplesmente carismáticos e plenos de emoções fortes! Pessoalmente, prefiro os quadros da Frida pelo simbolismo/ realismo que eles representam, não querendo isto dizer que gostaria de os ter na minha casa. Um pouco à semelhança de "O Grito" de Edvard Munch ser um dos quadros preferidos de muitas pessoas, que provavelmente também não o exporiam nas paredes de suas casas. Apenas uma questão de preferência! Marla

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  2. Bem visto, sim senhora, como sempre. De facto há obras extraordinariamente marcantes pelo seu simbolismo. Mas, quanto a mim, não sendo belas, não as poria na minha sala. Não por não as achar importantes, LONGE disso, mas porque prefiro apreciar (no sentido de ver na minha parede) arte que não me perturbe.. Faty

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  3. Muito bom!
    Ela foi a F(e)rida incurável de Diego.

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  4. :) Foi, não foi?:) Excelente, essa:)

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