Agora que comecei, aos poucos, a entrar na blogosfera, que admito estar a ser-me viciante, encontro-me frequentemente a tecer considerações para mim própria acerca do que vou vendo.
Há uma panóplia gigante de estilos, de pensares, de sentires. E, assim sendo, gosta-se, naturalmente, mais de uns do que de outros. Há coisas muito diferentes, nomeadamente a nível de conteúdos, que se procuram como enriquecimento, como aprendizagem, pelas referências culturais que exibem, pelos conhecimentos que queremos, também nós, conhecer. Depois há estilos que perpassam afeto, serenidade, visão e que são, por isso, os mais perigosos - fazem-nos voltar a eles permanentemente, pelas boas, equilibradas reflexões que permitem, não conseguimos passar sem eles. Há, também, uma coisa chamada humor que só valoriza qualquer estilo. Aligeirar, não ignorar, só traz benefícios a um país triste. Pode haver ainda aqueles com os quais nos identificamos, uma escrita que discorre sobre as coisas que nos interessam e que nos dizem, também a nós, muito. Mais à frente, encontramos as abordagens um nadinha primárias, pessimistas, fechadas, que podem repelir quem acredita na luz e, pelo contrário, atrair quem prefere as histórias das trevas. Podem ser interessantes, importantes, mas a precisar de mais confiança e esperança. Há linguagens, inevitavelmente. Da parte de quem escreve e da parte de quem comenta. Umas que primam pela elegância - como as prefiro - outras que nem por isso. Nestas, as palavras são ofensivas, feias, grotescas até, e quantos de nós não preferimos o belo?
Trata-se, pois, de fazer escolhas que vão ao encontro do nosso sistema de valores, da nossa noção de estética, do nosso sentido de humor, da nossa perspetiva da vida e dos outros, do nosso esquema mental, da nossa forma de gostar (d)e viver.
Temos as nossas preferências em termos de leitura de blogues como quem tem predileção por um determinado escritor. Alguns atraem-nos pela fluência da escrita, o bom humor e a forma agradável que nos levam a refletir sobre o mundo em que vivemos. Para falar de coisas mais aborrecidas, não é necessário escrever de forma hermética e aborrecida...esses repelem qualquer leitor. Gi
ResponderEliminarPois temos - as preferências. Mas o fascinante é a diversidade, o enriquecimento. Por outro lado, o negativo é a confusão, a dispersão:) Escolha-se bem e q.b., então:)
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