Quando era miúda, pré-adolescente, já nem sei em que ano foi, falava-se muito de um filme em que um casal disputava o filho após o divórcio : Kramer contra Kramer. Quando, posteriormente, o vi não percebi a razão pela qual as plateias tinham ficado tão emocionadas com uma história sem aventura nem romanticismo, sem viagem de espécie alguma, bem como gosto. E não entendi durante anos.
Nunca mais vi esse filme. Mas sei que, se o visse hoje, me emocionaria de forma não imaginada naquela altura em que não sabia o que era ser mãe. Porque muito mais emocionante e tocante do que ser filha é ser-se mãe. Não se entende uma mãe, a nossa mãe, até o sermos também. E por isso, porque esses olhos são indubitavelmente outros, a pequena tulipa de papel e o saco de pano com o meu cabelo comprido pintado de forma possível por um pequeno soube a tanto hoje, a mais do que tudo.
Para as mães, pois. A nossa e a dos nossos filhos.
(...)Não me esqueci de nada, mãe.
ResponderEliminarGuardo a tua voz dentro de mim (...)
Eugénio de Andrade
...e a saudade feita de esperança em dias melhores.
É mesmo preciso ser mãe para se viver mais intensamente... Penso exatamente o mesmo em relação aos kramer! Dulce Novo
ResponderEliminarQue bonito, jrd. Esperança, sempre.
ResponderEliminarÉ mesmo, Dulce. Também quis dar a nossa perspetiva como mães e não apenas como filhas:)
A maternidade faz-nos entender e viver tudo de maneira diferente. :)
ResponderEliminarNem mais, Ana:)
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