Não sabia o que fazer. Pela primeira vez não queria ir para o lado que lhe diziam. Também ainda não se atrevia a ir para o lado que a sua própria vontade lhe dizia. Tantos anos a dizerem-lhe para onde ir, não era fácil desiludi-los, esquecê-los e centrar-se, pela primeira vez, apenas em si própria. Tinha sido sempre uma marioneta. E agora, que finalmente já não o queria ser, que cortara os fios que a amarravam a umas mãos que não queria mais que lhe orientassem os movimentos, não sabia o que fazer. Não sabia caminhar pelo seu pé. Não estava habituada a ser livre.
É difícil começar do zero. Mas como disse o nosso querido Pessoa, "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena."
ResponderEliminarCortar os fios que nos amarram só faz bem. Perder o fio à meada? Uhmmm, isso nem sempre é bom!
Beijo, querida professora! Gosto sempre de passar por aqui e aprender com a sua escrita e sabedoria. Sou fã!
Bem verdade!
ResponderEliminarComo quando se começa a andar... Os primeiros passos... Depois a confiança... Depois um breve corrida... E se entretanto não houver uma queda que se transforme em medo e insegurança surge o primeiro salto!!!
O caminho dos pequenos saltos não é o mais fácil e envolve riscos mas é bem compensador!
:)
Olá Nuno muito obrigada pelas tuas palavras, fico feliz por continuarmos juntos desta forma e aprendermos um com o outro, ainda ontem estive no Lá e sei em que pé te encontras:)
ResponderEliminarAna, estreio-,me hoje com pequenos ensaios narrativos sobre ângulos que não têm a ver comigo necessariamente mas com todos nós, em alguma fase ou aspeto. Espero que gostes.
Um grande beijinho para os dois, gostei muito dos vossos comentários.
Depois de estar coarctada durante muito tempo, a liberdade pode ser um "lugar" estranho.
ResponderEliminar:)
Pode, sim, jrd. Que bela imagem para um absoluto menos belo sentimento.:)
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