Não costumo colecionar citações nem procurá-las amiúde e no entanto reconheço que são um excelente manancial potenciador de importantes reflexões. Isto se forem significativas, como julgo acontecer com tantas, ditas por escritores, filósofos, políticos de impacto mundial e outras figuras de renome no campo das artes, da cultura e muitos outros.
Vejo, porém, que está na moda citar e citar e muitas citações não têm muito que se lhes diga. Também não chega apenas citar se não se percebeu e se mostra que se percebeu que se interiorizou a ideia. Como docente e avaliadora de um trabalho, por exemplo, prefiro sempre as ideias próprias às citações de outros. Estas são boas para ilustrar e para dar o mote para o desenvolvimento de um conceito, de uma análise a partir de uma ideia. Mas não gosto da ausência de espírito crítico que só desfila tiradas de autoria alheia, sem cunho próprio nem autocriação. Também não sou boa a decorar citações, provavelmente por causa disto, a não ser que sejam míticas, altamente emblemáticas, incrivelmente significativas, com as quais tenho uma relação afetiva e pessoal, e sobre as quais me apeteça debruçar, o que neste caso, aqui, significa escrever.
Espera-se, pois, uma citação para a próxima. De vez em quando lá me salta uma à memória, não porque ande a vasculhar a mente (e muito menos o Citador) para me lembrar sofregamente delas mas porque numa delas tropecei a propósito de alguma coisa que aconteceu e que tão bem reflete as palavras ditas, e bem, por alguém que as tornou imortais. Enquanto não vem nenhuma, estas palavras são só minhas.
Suas, sem dúvida, mas também um pouco de quem as lê.
ResponderEliminar:)
Visto por esse prisma, jrd, muito me alegra que não sejam minhas. :)
ResponderEliminarComo eu percebo! Há quem cite coisas sem pés nem cabeça. Eu só cito coisas que dizem melhor o que sinto do que eu poderia. Só assim faz sentido citar.
ResponderEliminarSagi
Concordo em absoluto, Sara. E se há delas que condensam em tão poucas e belas palavras muito do que nós pensamos. :)
ResponderEliminarA partir do momento em que o escritor torna públicas as suas palavras, elas deixam de lhe pertencer unicamente a ele. A partilha é, pois, um dos principais objetivos da escrita. Por isso, cara amiga, de cada vez que partilhas as tuas sábias palavras, estas passam a ser minhas /nossas também! Marla
ResponderEliminar:)Com todo o direito, assim.:) E com toda a alegria :)
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