Aquela frase de Charles Darwin "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças" parece ser consensual, geradora de opiniões convergentes porque verdadeira e carregada de saber científico. Ela aparece constantemente, por isso, nos murais do Facebook e com vários Gosto a acompanhá-la, entre os quais os meus. Mas se formos a ver, será assim tão fácil de gerar consensos? Ou melhor, será assim tão fácil de encontrar esta capacidade de adaptação às mudanças? É uma questão que não raro ocupa os meus pensamentos, quando estou virada para as filosofias de trazer por minha casa, o que diga-se, não são poucas vezes.
Alguém há tempos me disse ou escreveu - a mudança não é boa só porque é mudança. certo. Também digo - a mudança não tem de ser má só porque o é. Certo? A mudança implica uma dose de adaptabilidade, a qual tem de nascer da abertura, da curiosidade e da permeabilidade. Se não existirem pré-requisitos desta índole, não há alteração que resista. Se o indivíduo está fechado, lacrado, encerrado não há força nem inteligência que o valha. A capacidade de adaptação é o grande teste da evolução humana, sim, da resistência e da sobrevivência. Por entre os altos e baixos e aquilo de que se gosta e não se gosta, do que se quis e não se quis, eis a grande prova de quem avança perante os desafios de novas exigências e de novas metas.
Que dá um grande trabalho, dá. Que significa uma descontinuidade e mesmo rutura, sim. Que é extraordinariamente difícil desenraizar velhos hábitos, práticas, manias, paixões e tanta coisa mais, é. Que é um processo que pode envolver dor, também. Mas que há, frequentemente, uma impossibilidade de reverter o processo, há. E, desse modo, nada melhor do que amenizar os solavancos da viagem. Logicamente que isto não significa que aceitemos tudo acriticamente, acefalamente, despersonalizadamente. Há valores e princípios que são nossos e se não há qualquer, qualquer vantagem, e tudo é um embuste, há que lutar. Não se apela aqui ao conformismo, não se confundam as coisas. Mas se em curso a mudança, a capacidade de adaptação é uma virtude.
Pessoalmente, tenho capacidades de adaptação, sobretudo quando vejo vantagens para esse lado, e também na evidência de que se trata de atos consumados, eficazes ou não, que não vale a pena ou é logisticamente impossível refutar mais. Se me impuserem uma alteração a título pessoal baseada em assunções também pessoais, que me faça ir contra coisas em que acredito e cujas alternativas sejam duvidosas, o caso é passível de discussão e ver-me-ão a resistir. Mas casos pontuais não deixam de fazer a primavera da minha recetividade face à mudança.
Que dá um grande trabalho, dá. Que significa uma descontinuidade e mesmo rutura, sim. Que é extraordinariamente difícil desenraizar velhos hábitos, práticas, manias, paixões e tanta coisa mais, é. Que é um processo que pode envolver dor, também. Mas que há, frequentemente, uma impossibilidade de reverter o processo, há. E, desse modo, nada melhor do que amenizar os solavancos da viagem. Logicamente que isto não significa que aceitemos tudo acriticamente, acefalamente, despersonalizadamente. Há valores e princípios que são nossos e se não há qualquer, qualquer vantagem, e tudo é um embuste, há que lutar. Não se apela aqui ao conformismo, não se confundam as coisas. Mas se em curso a mudança, a capacidade de adaptação é uma virtude.
Pessoalmente, tenho capacidades de adaptação, sobretudo quando vejo vantagens para esse lado, e também na evidência de que se trata de atos consumados, eficazes ou não, que não vale a pena ou é logisticamente impossível refutar mais. Se me impuserem uma alteração a título pessoal baseada em assunções também pessoais, que me faça ir contra coisas em que acredito e cujas alternativas sejam duvidosas, o caso é passível de discussão e ver-me-ão a resistir. Mas casos pontuais não deixam de fazer a primavera da minha recetividade face à mudança.
O "homem" e a sua circunstância. Há que encontrar o tempo e o modo e perceber a sua relacao.
ResponderEliminar:)
Há mesmo:) Trata-se de uma perceção que é importante ser feita. Ou vital...
ResponderEliminarNão tenho alternativa... Às vezes, é bem-vinda, outras nem por isso... Marla
ResponderEliminarNão sabia que a frase de Darwin era tão "batida". Só me cruzei com ela uma vez e usei-a num trabalho para um curso que realizei no ano passado. Adequa-se também a uma nova fase da minha vida em que só vejo trabalho à minha frente... Quando a mudança é positiva, é sempre bem-vinda. Mas se for o contrário, pode ser complicado... Marla
ResponderEliminarConheço-te e és adaptável e recetiva à mudança no que ela significa de bom e necessário :) A grande prova está quando ela apenas é necessária - ou forçada - e menos boa... ;) sem isso significar conformismo, claro.
ResponderEliminarOnly change is permanent in the world. Sagi
ResponderEliminarA great thing to be said. :)
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