maio 20, 2012

A crença, a constância e o objetivo



O que faz a pessoa ter perseverança ou, ao invés, desistir facilmente?
Porque é que umas pessoas vão até ao fim, lutando pelos seus objetivos, extremamente focadas e outras abandonam projetos a meio, nunca conseguindo finalizar uma meta?
Há de facto indivíduos muito empreendedores que parecem ter sempre muitos planos, que apregoam estar sempre cheios de ideias mas que depois não as conseguem por em prática, ou que iniciando as coisas não chegam ao seu término, não chegando por isso a ter sucesso em nada.
Já outros, falando menos e parecendo menos ocupados conseguem levar a bom porto as suas ambições, evidenciando um alto grau de consecução que não se esgota nas palavras  ao vento e em  flutuantes castelos no ar.
O que os distingue, afinal?
Bem, talvez a lista seja longa.
Uma boa dose de paciência, talvez, mas também de objetividade que não se distrai com pormenores idealistas, antes focando-se numa visão a longo prazo (ou médio) que fixa bem os seus intentos e que tem em conta uma motivação interior forte, inabalável e que assenta em valores, princípios e, sobretudo, crença.
A palavra chave será mesmo acreditar, em si primeiro, e depois na sorte e confiar também nos outros. Um desconfiado não pode medrar. Um medroso também não. E um que duvida de si próprio idem aspas. Não que o vencedor não tenha dúvidas. Tem-nas e é saudável que as tenha. Poderá até recear o fracasso, o adversário, isso será sinónimo de humildade, de reconhecimento do valor dos outros, mas no meio das incertezas continuará motivado e não desistirá. Será perseverante, não se dará por vencido à primeira dificuldade, ao primeiro obstáculo.
O que acaba as tarefas e acaba os projetos também não é uma pessoa inconstante, que muda de opinião a toda a hora, de vontade, de humor, de tudo. Pois sendo assim é difícil levar uma ideia até ao fim e, pior, levar os outros até ao fim. Tem de haver uma perenidade qualquer de sentimentos, de ideais, de posturas, de objetivos. Ou, então, até terminar uma missão. Pode adotar uma completamente nova logo a seguir, requisitando novas perspetivas. Mas aí já teve sucesso em conseguir levar a cabo a anterior.
As pessoas que mudam de planos e projetos como quem muda de camisa vivem num frenesim de ações goradas. Para pessoas com mentes claras e com metas delineadas isto pode ser de enlouquecer. Tanto a nível pessoal como profissional, sobretudo se somos forçados a com elas trabalhar. Este tipo de líderes, por exemplo, pode ser extremamente lunático e até perigoso, se for despótico. Já se for em casa, pode ser divertido se se achar graça e um inferno se não se achar piada nenhuma.
Financeiramente, também pode ser desastroso. A não ser que haja rendimento de outro tipo de fonte que permita estes desvios e os disfarce de estimulantes. A inconstância é uma carga de trabalhos. Até nos amores, ai nos amores.
Por isso, nada como focar. Focar naquele ponto e aguentarmo-nos por lá. Ou então, se acabada uma coisa qualquer, ir para outra já desligados do que está, ficou para trás. Só assim o sucesso nos bate à porta. E o sucesso é o objetivo. Ou não?

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