1. A entrevista de Sócrates ao Expresso e a linguagem que utilizou não são a forma correta de estar, na política ou em lado nenhum. As palavras deviam - devem - ser mais contidas e não proferidas como o intuito de incendiar as hostes. Contudo, também me fizeram soltar umas gargalhadas - como o politicamente incorreto e os enfants terribles, muitas vezes, o conseguem.
2. Por falar em palavras com o tom certo - e o conteúdo, já agora - apreciei bastante a entrevista dada na SIC pelo novo presidente da câmara do Porto. Como não o conhecia antes, nada sei dele a não ser o que vejo agora. E, francamente, gosto. Parece-me inspirador, inteligente e sereno, longe dos tons inflamados que caraterizam muitos autarcas por aí. A política precisa de pessoas assim: independentes de espírito e fortes. Livres, pareceu-me.
3. Aqui há tempos tinha falado aqui da hipocrisia da lei portuguesa que não permite a adoção por parte de casais homossexuais mas que permite a adoção por homens solteiros (ou mulheres) que o possam ser. Ao casar-se esta semana uma figura portuguesa (parabéns, de resto) com uma pessoa do mesmo sexo, sabendo que essa figura adotou uma criança, a questão mantém-se. São um casal, agora. E a lei, concorde-se ou não com ela, não pode fazer diferenças, na prática, entre uns e outros.
4. Continuam a ser notícia diariamente histórias de choque de abusos sexuais dentro da família. Vêm muitas ao de cima nos media e vamos sabendo de outras nas escolas. Espanta-me este horror camuflado, abafado, escondido durante tempo demais para quem é vítima. Espanta-me a conivência de algumas mães - ou o silêncio porque, muitas vezes, o padrasto é um companheiro jovem e os prazeres da carne e a vaidade pessoal levam a melhor sobre o amor aos filhos. E espanta-me a leveza das penas. Circulam livremente muitos que já cometeram crimes. E voltam a cometer. Pudera, o crime até compensa.
Relativamente ao ponto 1: Ai, ai... ainda dizem que nós, homens, somos o sexo fraco, mas quem se pela por um "politicamente incorrecto", por um "enfant terrible", são vocês, mulheres. Quantas vezes têm de bater com a cabeça na parede para deixarem de achar piada a quem nos fez tão mal duma forma tão displicente e inconsciente...?
ResponderEliminarBeijinho, Fátima :)
:) Olhe que estas gargalhadas podem não significar o que o Paulo pensa que elas significam. Aposto. :) Também me rio à brava com o Alberto João Jardim, o terrible dos terribles portugueses na política, e ele é inenarrável. E estes enfant terribles da política (tal como era também o Hugo Chavez, inesquecível, por exemplo, o seu Pino e Lino:)) não têm nada a ver com os bad boys de que muitas de nós gostamos. Está a ver o Matt Dillon em Rumble Fish? Esse é o meu tipo favorito de bad boy, um "mau" com coração de ouro. :)
EliminarE acredite que não gosto de bater com a minha cabeça na parede, não tenho mesmo feitio para masoquista :) Mas gosto muito de me rir, quando alguém, de vez em quando aparece a partir tudo. O lado irreverente que há em mim... helpless. Bjs para Lx
Incorrecção in "correcção". Aqui está a compensação.
EliminarNão sei se o percebi bem mas gosto da ideia da compensação. :)
EliminarGosto, acutilante e certeira! DN
ResponderEliminarObrigada :)
EliminarCerteiríssima! Lília
ResponderEliminarPonto 3: A lei deve ser igual para todos, mas continua a apresentar incongruências...
ResponderEliminarPonto 4: Também me parecem horríveis os casos de abusos sexuais no seio da família e o facto das mães compactuarem com os maridos / companheiros. Simplesmente atroz e incompreensível!
Marla
3 - Uns continuam a ser mais iguais do que os outros...
Eliminar4 - Chocante, o que sabemos nas escolas....