As pessoas, às vezes, podem passar por períodos adormecidos. Períodos letárgicos, quando a falta de força ânimica ou até de raiva dinamizadora podem ser confundidos com serenidade e tranquila maturidade. Nem sempre são sinónimos destas, na verdade. Porque se assim forem, as pessoas estão felizes - podem não sentir picos de extâse em todas as áreas da sua vida, isso seria provavelmente incomportável, mas, assim, terão de os experimentar em algumas. Agora passar pela vida como personagens secundárias, como se nada os tocasse particularmente, nada os arrebatasse, nada os enfurecesse, nada os fizesse vibrar e mover, já me parece algo que não se coaduna com a personagem principal de uma existência que se deseja mais plena. Caramba, há que agarrar a vida. Não havendo nenhum problema de saúde grave, seriamente incapacitante ou debilitante, não há como viver com mais intensidade, se isso significar tomarmos as rédeas do nosso destino. Não que consigamos dominar tudo e todos, pessoalmente sempre estranhei quem tudo e todos diz dominar, julgando-se todo poderosos numa passagem em que há que contar com um sem número de coisas que por nós não são controladas, mas há que desbravar caminhos, traçar objetivos, ousar, ir em frente, projetarmo-nos, cair algumas vezes e voltar a levantarmo-nos, aprender, cometer erros e reaprender, numa palavra, viver. Não que também advogue que se deva viver todas as experiências possíveis e imaginárias, agora que se deva viver muitas, numa diversidade que só nos pode enriquecer, sim. Triste é aquele que não vive. Que fica preso a ilusões e meras histórias ficcionais, que deixa passar oportunidades por medos e inseguranças das quais não se liberta (já todos o fizémos, o segredo é irmos largando essas limitações...), que deixa que outros travem aquilo que quer fazer. Feliz é aquele que tem vontade de viver. Feliz é aquele que está desperto para a vida. E que age. Que toma para si o papel principal da sua vida, indo ao encontro da liberdade do seu espírito.
Não digo nada de novo mas que sirva para alguma coisa, para que se desperte, do estado de dormência ou mesmo da personalidade sufocada. Terá servido para muitos de nós. Que sirva, pois então.
Sempre gostei de ser protagonista amiga Fátima... dá mais trabalho, é mais arriscado, mas mais desafiante. E no final, o aplauso também é mais compensatório. Andreia Silva
ResponderEliminarMuito mais trabalhoso e não há como não sê-lo. Mais vale o risco do que viver como se estivesse morto...
ResponderEliminarFANTÁSTICO, amiga!!! Amei:)))) Claro que a calmaria nem sempre é sinónimode felicidade... E viver é tão bom, sabe tão bem... Desde que se saiba e queira:) Lília
ResponderEliminarProfundamente inquietador! Obrigada! :) Olinda Morgado
ResponderEliminarObrigada eu:)
ResponderEliminarViver é essencial, Lília, e é bom, basta ter saúde e já é possível quase tudo!
Há que despertar, Olinda, se inquieta é bom, digo eu:)
Subscrevo, sabes o quanto!
ResponderEliminarSagi
Pois! :)
ResponderEliminarHá pouco li o post de uma amiga que vai de encontro ao que escreveste:
ResponderEliminar"Venga vida!!! Dame lo que tu crees que necesito: Brazos abiertos a esta vida que siempre me sorprende!"
Palavras para quê? Ela disse tudo!
Marla
E tu também, claro! :) beijinhos Marla
ResponderEliminar:) Viva la vida - e, especialmente, agarremos, naquilo que pudermos, a nossa:)
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