No cabeleireiro, aqui há dias, li a seguinte frase dita por uma conhecida apresentadora: "Todas as relações pessoais, assim como as profissionais, têm um lado sexy."
Caros leitores, nem sei o que diga. Aliás nem sei o que pensar. Tento ver o lado bom da tirada, mas confesso que está difícil. Podia a dita cuja estar a querer dizer que a sedução e consequente encantamento faz parte das relações, sendo natural e não fabricada. Ainda assim não me apetece nada pensar em sedução se me focar nos relacionamentos familiares, assim do tipo caseiro, entre pais e filhos. Não me apetece nada pensar que eles não são espontâneos, puros, até fofos e sem lado sexy absolutamente nenhum. Também não me apetece nada pensar que com todas as amizades tenhamos de surgir sempre lindos, a transbordar de sensualidade, vestidos - ou despidos - para matar. É que há certamente amigos a quem aceitamos que nos vejam de pijama, sem maquilhagem, podem ser poucos, ou melhor poucas, tratando-se do sexo feminino. Mesmo que seja só um ou dois, num momento ou dois, embora saibamos que nós mulheres gostamos de parecer sempre bem e com isso impressionar com a beleza, a imagem. Partindo do princípio que falamos deste do ponto de vista meramente físico. Também tentei pensar que esse charme físico e capacidade sedutora podem ser benéficos no trabalho, na profissão, já que a nossa cotação pode subir pela imagem e pela atitude, mesmo se não se diga absolutamente nada de verdadeiramente significativo. Pelo menos ao princípio assim costuma ser. As pessoas continuam a ser muito julgadas pelo aspeto, pelo élan que soltam a partir do corpo e da conversa sexy. Não sei bem em que esta consiste, mas deve ter um poder dos diabos.
Mas este otimismo não é muito sólido. Porque o diabinho que há em mim logo imagina o outro lado, o das jogadas revestidas de química que fazem surgir promoções a pique, preferências por sensuais colaborações, assédios consentidos, enfim uma panóplia de relações profissionais assentes no sorriso e na arte do corporal fascínio e não propriamente apenas na competência, na eficácia e na inteligência. Mas de repente, lembrei-me de algo. Lembrei-me que a sedução pode ser também psicológica, e que esta realmente é bem mais perigosa. Uma mente charmosa pode fazer muitos estragos. Ou conseguir muitos ganhos, está visto. O que é justo, mais do que justo para quem não foi abençoado com curvas ou biceps estonteantes. Pode haver uns sortudos que sejam sexy das duas maneiras, mas a maior parte cai para um lado ou outro. Fair enough.
Caros leitores, nem sei o que diga. Aliás nem sei o que pensar. Tento ver o lado bom da tirada, mas confesso que está difícil. Podia a dita cuja estar a querer dizer que a sedução e consequente encantamento faz parte das relações, sendo natural e não fabricada. Ainda assim não me apetece nada pensar em sedução se me focar nos relacionamentos familiares, assim do tipo caseiro, entre pais e filhos. Não me apetece nada pensar que eles não são espontâneos, puros, até fofos e sem lado sexy absolutamente nenhum. Também não me apetece nada pensar que com todas as amizades tenhamos de surgir sempre lindos, a transbordar de sensualidade, vestidos - ou despidos - para matar. É que há certamente amigos a quem aceitamos que nos vejam de pijama, sem maquilhagem, podem ser poucos, ou melhor poucas, tratando-se do sexo feminino. Mesmo que seja só um ou dois, num momento ou dois, embora saibamos que nós mulheres gostamos de parecer sempre bem e com isso impressionar com a beleza, a imagem. Partindo do princípio que falamos deste do ponto de vista meramente físico. Também tentei pensar que esse charme físico e capacidade sedutora podem ser benéficos no trabalho, na profissão, já que a nossa cotação pode subir pela imagem e pela atitude, mesmo se não se diga absolutamente nada de verdadeiramente significativo. Pelo menos ao princípio assim costuma ser. As pessoas continuam a ser muito julgadas pelo aspeto, pelo élan que soltam a partir do corpo e da conversa sexy. Não sei bem em que esta consiste, mas deve ter um poder dos diabos.
Mas este otimismo não é muito sólido. Porque o diabinho que há em mim logo imagina o outro lado, o das jogadas revestidas de química que fazem surgir promoções a pique, preferências por sensuais colaborações, assédios consentidos, enfim uma panóplia de relações profissionais assentes no sorriso e na arte do corporal fascínio e não propriamente apenas na competência, na eficácia e na inteligência. Mas de repente, lembrei-me de algo. Lembrei-me que a sedução pode ser também psicológica, e que esta realmente é bem mais perigosa. Uma mente charmosa pode fazer muitos estragos. Ou conseguir muitos ganhos, está visto. O que é justo, mais do que justo para quem não foi abençoado com curvas ou biceps estonteantes. Pode haver uns sortudos que sejam sexy das duas maneiras, mas a maior parte cai para um lado ou outro. Fair enough.
Mas ainda assim não gosto da frase - embora a possa ter interpretado mal, deve ser da petite allergie ao anglo-vocábulo. Não me apetece ser sexy, da maneira feia ou bonita, em muitas horas que fazem parte dos muitos dias que esperançosamente por cá passamos. Podemos ser irremediavel e naturalmente sedutores, isso já é outra conversa, mas é algo que ainda assim convém despir -não no outro sentido, o maroto,- se em relações que pedem inocência e pureza. Graças a deus que nem tudo tem quer ser sexy o tempo todo - era cá uma trabalheira. Não vos digo quem foi a sexy apresentadora mas aceitam-se apostas. Marotas, vá. Você pode estar de pijama e tudo mas como eu não vejo e vice versa esta relação virtual é muito atraente. No fundo ela tem razão - eu é que não quero crer. Devo ter entendido tudo ao contrário.
P.S. Ao procurar uma imagem para acompanhar a sexy tirada, deparei-me com fotos que, a bem dizer, não são adequadas, espante-se, a crianças. Volto ao princípio - o vocábulo afinal parece ser mais forte do que eu pensara -entendi, pois, (a)o contrário do contrário de há pouco. O "todas" não lhe deve ter saído para o lado certo. De lado, quer dizer, de longe.
P.S. Ao procurar uma imagem para acompanhar a sexy tirada, deparei-me com fotos que, a bem dizer, não são adequadas, espante-se, a crianças. Volto ao princípio - o vocábulo afinal parece ser mais forte do que eu pensara -entendi, pois, (a)o contrário do contrário de há pouco. O "todas" não lhe deve ter saído para o lado certo. De lado, quer dizer, de longe.
Uma canseira:):) Lília
ResponderEliminarUma frase ridícula, é o que é:) Bjs, Lília!:)
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