Um aluno veio hoje dizer-me no final da aula que Portugal é muito bem visto. Estranhei. Perguntei o que queria dizer. Disse-me que costuma frequentar um chat num site gótico com pessoas de muitos países e que lhe dizem todos muito bem de Portugal. Como estava a sorrir e é brincalhão assumi que estaria a gracejar. Não, a sério. Se não fosse a parte económica, disse, que lamentam, Portugal era o maior. Mas donde são essas pessoas, indago curiosa. Ingleses, mexicanos, lituanos, tantos. Acrescentou que elogiam a história, a música, a gastronomia, as paisagens, que é muito bonito, que adoraram e adoram cá vir. Música? Conhecem a música portuguesa?, espanto-me. Sim professora. A Canção do Mar, Dulce Pontes, e O Pastor, Madredeus, estão entre as favoritas.
Nem tudo está perdido, afinal. O aluno é gótico e diz que é um vampiro ("my nights are very busy") mas é bom aluno e tão doce e afetuoso que há que lhe dar algum crédito. O crédito que Portugal vai perdendo no campo económico mas que se aguenta, para nosso gáudio, noutros, ainda que de somenos importância no panorama atual. Nem tudo está desacreditado. Sobretudo quando 3 nações nos reconhecem. Esperança.
Madredeus são transculturais.Conheci índios no Bornéu que tocavam em flautas de bambu melodias dos Madredeus.
ResponderEliminarA propósito de ser "grande", em Malaca os descendentes dos portugueses de há muitos séculos, continuam a falar português arcaico, têm um pequeno museu ( e muito orgulho nele) e dançam folclore português.
O seu aluno tem razão, Fatima! nem tudo esta perdido!
ResponderEliminarBeijinho
Camalees:) Foi isso de que me pude aperceber, dessa transculturalidade, se assim o posso dizer, sobretudo na música e como isso me fez alegrar:) Sabe que A Canção do Mar, por ex, é apreciadíssima nos países árabes, também. Ouvi-a uma vez num táxi na Tunísia:) Obrigada pelo comentário, um beijinho.
ResponderEliminarIsso, Helena, há que dar crédito ao otimismo:) Fiquei contente com as "notícias" e a satisfação dele, tb:) Bjs
A troika pode tirar-nos o dinheiro para o sustento, mas por mais que se esforce nunca conseguirá apagar o património cultural que espalhámos pelo mundo ao longo dos séculos. Apesar de apenas termos estado uns anos em Malaca ou Colónia del Sacramento, a nossa cultura permanece bem viva naquelas paragens. Para já não falar de Goa, um caso ímpar de preservação da nossa cultura e da portugalidade que a néscia compostura dos nosso governantes ( actuais e passados) olimpicamente ignora e nada faz para preservar.
ResponderEliminarNem tudo está perdido. Pode ser que alguém nos encontre, já que nós não conseguimos...
ResponderEliminar:(
Carlos - obrigada pela visita:) O post tem um lado brincalhão mas na verdade ali ficámos a sorrir pelo impacto da nossa cultura por esse mundo. Que às vezes até desconhecemos e que importa saber. Na medida certa, sem exageros nem baixa autoestima.
ResponderEliminarjrd :) :) Tento levar as coisas c algum humor, embora saiba que a situação é dificílima para mt gente. Independentemente da visão política das coisas e da dura realidade e conómica, eu ainda confio no futuro... Mts vezes engano-me, mas pronto, e falando em perdermo-nos, I´m a lost case ::::))))