"Enamoramo-nos quando estamos prontos para mudar, quando estamos prontos a deixar uma experiência já feita e gasta e temos o impulso vital para realizar uma nova exploração, para mudar de vida. Quando estamos prontos a tirar proveito de capacidades que não tínhamos explorado, a explorar mundos que não tínhamos explorado, a realizar sonhos e desejos a que tínhamos renunciado. Enamoramo-nos quando estamos profundamente insatisfeitos com o presente e temos a energia interior para iniciar outra etapa da nossa existência. (...) O enamoramento acontece quando encontramos alguém que nos ajuda a crescer, a realizar novas possibilidades. A ir numa direção que corresponde às nossas exigências interiores. (...) O estado nascente amoroso é a tentativa de mudar radicalmente a própria vida. (...) Todos os enamoramentos são potencialmente revolucionários."
Francesco Alberoni, "Amo-te"
Absolutamente. É preciso um desencanto, um vazio para que o amor a sério possa nascer. Não surgirá se quisermos continuar da mesma forma, com as mesmas rotinas e hábitos, se insistirmos em atividades e divertimentos a toda hora, sem pausas para sentir o desalento, a inutilidade, a extrema necessidade de uma mudança radical. Só insatisfeitos nos poderemos enamorar. O que, espantosamente, pode ser tranquilizador. Resta apenas encontrar alguém que nos faça entrever e entrar nesse outro mundo.
E para voltar a sentir o Amor, é preciso primeiro sentir a sua total ausência e aí... estamos novamente preparados para nos voltar a enamorar...
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Ana, adoro este livro (e outros do mesmo autor). E é uma abordagem fantástica, a do amor estado nascente.
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