Incrível, e triste, a forma como certa imprensa faz capas não consentidas com problemas pessoais de atores, celebridades aqui do nosso pequeno burgo, artistas ou outros. Uma coisa é aparecer-se numa capa (e lá dentro) de forma digna, voluntária, consciente, pensada. Não se é menos válido por tal facto (o meu texto Cor-de-rosa continua espantosamente a ser o mais lido de sempre aqui no blogue e é onde desmistifico, tento, algumas ideias elitistas sobre as revistas sobre famosos). Não se é menos credível ou menos digno por isso. Agora, as matérias não autorizadas que são feitas a partir de falsos ou anónimos testemunhos, com enfoque em problemas familiares e, pior, em problemas de saúde, causadores de sofrimento e que devem ser vividos na esfera pessoal, parecem-me perfeitamente inaceitáveis. Basta um olhar de relance nos escaparates ou uma visita ao cabeleireiro (o que fiz ontem) para vermos que há um devassar de intimidades que não foi aprovado pelas pessoas em causa, que é claramente sensacionalista, voyeurista e mesmo cruel. E também se nota que certas figuras da sociedade ou do jet set ou da televisão portugueses estão mais expostas do que outras, mais vulneráveis, sem qualquer tipo de proteção. Sim, porque há quem esteja protegido. Há figuras sobre as quais nunca saiu um artigo ou uma foto mais comprometedora ou reveladora, e porque haveria de sair, mas o que é certo é que sobre outras saem e saem amiúde. Lamento que em certas alturas em que era necessária compreensão e necessário respeito pelos problemas pessoais de alguns se faça precisamente o contrário - vender às custas desta falta de humanidade. Com a colaboração de anónimos e falsos amigos, claro, com declarações duvidosas ou francamente inoportunas. O que sentirá alguém com um problema pessoal profundo quando vê a sua intimidade e o direito a essa privacidade completamente expostos? Não se sentirá melhor, com certeza, poderá até agudizar os problemas, ao sentir-se sobre uma enorme pressão pública. Dislike.
Por causa dessa coisa do jet set ando sempre a fazer figura de parvo. Como não conheço os nomes da maioria desse pagode já me aconteceu depreender, de certas conversas que ouço ou participo, acreditar que estão a falar de outras pessoas que, pelo menos para mim, são mais importantes.
ResponderEliminar:) Então no barbeiro, KK, não há revistas destas?:)
ResponderEliminarAs pessoas importantes são as pessoas de quem gostamos ou quem admiramos. Conhecidas ou não. Digo eu:) Mas eu gosto mais do casal Brad e Angelina, por exemplo, do que um casal que possa ser meu vizinho e com o qual não tenha qualquer confiança. Coisas! :)
Há anos que não vou ao barbeiro. Fiquei danado quando o gajo se atreveu a exigir-me pelo corte dos meus poucos cabelos o mesmo que a um gadelhudo da cadeira ao lado. Se calhar é por isso que,também à acerca do jet-set, sou um perfeito ignorante. Daí que não reconheça praticamente nenhum dos muitos famosos que têm "montes" aqui na zona e que, diz, aos fins de semana passeiam cá pelo burgo. Bom, tirando o Moita Flores ou o Sousa Tavares, mas isso já era ignorância a mais...
ResponderEliminarHehe, já me ri. Mas como os compreendo - um monte no Alentejo::)) Também queria!:) Afinal a minha mãe é de Vendas Novas e eu amo o Alentejo, vou lá todos os anos. Boa semana, KK.
ResponderEliminarConcordo! Lília
ResponderEliminarConcordo, também, Lília! :)
ResponderEliminarEu também concordo e já debati esse assunto com uma amiga com a qual discordei. Por altura do casamento real na Inglaterra, os tablóides chegaram ao ponto de contratar um especialista em linguagem para surdos-mudos a fim de entender tudo o que o William e a Kate diziam na real cerimónia. Enquanto eu dizia que é um abuso esta invasão de privacidade, pois acredito que há limites, a minha amiga afirmava que a imprensa fazia muito bem em estar em cima do acontecimento e deveria, inclusive, filmar a noite de núpcias. Pois, afinal, esse casamento custara uma fortuna aos contribuintes e o casal vivia dos impostos do povo e, como tal, o povo tinha todo o direito de conhecer a sua vida privada...
ResponderEliminarQuem expõe a sua vida privada e atrai, por vezes, demasiada atenção, deve arcar com as consequências. Porém, eu penso que os famosos, são pessoas como nós, sendo que alguns deles procuram ter uma postura low profile longe dos paparazzi, que deve ser respeitada. Infelizmente, há ainda as situações que descreves, em que eles são vítimas de falsos amigos e de jornalistas sem escrúpulos que procuram vender a todo o custo, mesmo tratando-se de mentiras ou ferindo suscetibilidades. Marla
Quando as pessoas em foco deixam - sobretudo quando vivem momentos bons - tudo bem. Quando não querem -sobretudo nos momentos maus - há que respeitar. Afinal,nada que nós também não façamos: gritar aos quatro ventos quando estamos bem e escondermo-nos quando estamos mal.
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