agosto 12, 2014

Caminhos





Tal como se previa, alguns não permaneceram. Sabíamos, sentíamos. Não ouviram, não souberam ou não quiseram. Preferiram continuar, sozinhos, seguindo o caminho que escolheram, ouvindo-se a eles e a mais ninguém. É perfeitamente natural não querer ajuda quando se sabe o caminho, quando se conhecem os perigos e as saídas. Mas já não é a mesma coisa recusar uma ajuda quando o caminho é nitidamente o que leva ao desastre. Estavam no seu direito, é um facto. Uns mais do que outros, provavelmente. Escolheram, voltaram costas. Mas não a nós. A si mesmos, na verdade. Não há, em alguns casos, como voltar atrás. Seguem agora um caminho, livres e ao mesmo tempo não, já que presos nas suas escolhas. Seguem o seu caminho, pois. Mas que nunca digam que não se lhes mostrou outro. 

Sem comentários:

Enviar um comentário