Confirmei hoje e mais uma vez a ideia de como é péssimo quando os outros nos assustam. Ou como nós, estando descontraídos com uma tarefa em mãos, podemos ficar momentaneamente assustados por causa do medo dos outros e que nos tentam passar, ainda que inconscientemente, acerca dessa tarefa. Tenho para mim que tudo se resolve, tirando, infelizmente, a inevitabilidade da morte, da doença, da tragédia, de tudo o que é maior e superior à nossa vontade ou empenho. Por isso, o resto, faz-se, com menos ou mais dificuldade, dependendo daquilo que nos causa mais ansiedade ou mais respeito. No caso em questão, estava perfeitamente descansada porque quem me incumbiu de uma empreitada em particular também o estava. Vai daí que, erro meu, ao falar de tal missão com outras pessoas, um certo mal estar vi tomar conta de mim por instantes devido às dificuldades maiores que logo colocaram, nos termos em que (as) colocaram e passando uma insegurança que não sentira até aí, ou, provavelmente melhor, um stress de última hora que não era necessário e que não era meu. Porque se fosse insegurança ainda a sentiria até agora e a verdade é que desapareceu logo assim que vim embora. Lição a tirar: calar, como faço tantas vezes, guardar para mim, não dar azo a palpites, a leituras impregnadas de aflição, a preciosismos que não possuo, até porque não me afligiu nada a incumbência, talvez apenas o timing, atarefada que ainda estou com papelada e avaliações.
Não costumo escrever muito na primeira pessoa, tento mais teorizar, assim como evito falar de situações várias que sejam mais pessoais, por mim e pelos outros envolvidos, tornando-as sobretudo momentos reflexivos, muitas vezes. Mas hoje fujo um bocadinho a essa prática, consciente, porque podem não ser propriamente o inferno mas que os outros complicam o que dentro de nós não está nem é complicado, ai isso sim, complicam. Ou, para ser coerente, que os outros complicam o que dentro de mim nem está nem é complicado, ai sim, complicam. Que leveza longe deles, longe desses. A empreitada continua, serei responsável e, no entanto, estou tranquila como estava no início. Como é preciso, por causa destas interferências negativas, encetar tanta coisa a sós. E até saudável e imperioso. Ou não terão vocês, leitores, nunca sentido o mesmo? Sorte, amigos, se não. Significa que têm escapado a muita apoquentação sem razão que não é vossa, mas doutros que, escusadamente, assustam quando não há que ter, sejamos razoáveis, nenhum medo.
Até tenho medo de comentar...
ResponderEliminarNão tenha, esse é daqueles que não razão para ter:) Porque há outros que sim e eu tenho-os, também.
EliminarObrigada pela passagem.