Imagino que todos têm direito a uma segunda oportunidade. Acredito, até. Mas que não passe muito para além dela, da segunda. Porque ver continuamente os mesmos erros apenas indica que já está fossilizado, o que quer que seja que se fez (de) mal. E mais. Quando se viu mais do que uma vez uma determinada caraterística negativa, muito negativa, repentina, súbita, inesperada, ela há de voltar, uma e outra vez. Terceira, quarta, vigésima e mais vezes ainda. Não nos peçam mais oportunidades. Não quando já percebemos que o caminho é o errado, ou melhor, não quando já compreendemos que não é nosso caminho. As oportunidades fenecerão à medida que fenece a nossa ilusão e esperança. Quanto mais depressa sairmos dessa fé mentirosa e maléfica melhor. No fundo, sempre o soubemos. E que não nos culpem, sobretudo que não nos culpem, por terem passado ao lado das oportunidades. Na realidade, nunca as mereceram. Sabíamos.
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