Já me assaltou algumas vezes a ideia de que o referendo, em sentido lato, se assim se pode dizer, não pode ser apenas apreciado quando isso a nós nos convém, a quem vota e elege, e que não pode ser apenas aplicado quando isso lhes convém, a eles, aos governantes. Ou seja, às vezes é mau, às vezes é bom, para um ou outro lado. Percebendo pouco ou nada acerca disto, parece-me que referendar é uma forma absoluta de poder e decisão populares, a mais pura, provavelmente, embora contenha riscos qualquer decisão nas mãos do povo, é certo, se lhe faltar informação, sensibilidade e sensatez; da mesma forma, riscos também há quando são outros, os ditos representantes, a decidir por nós, porque podemos não nos identificar com tudo o que decidem mesmo tendo votado em quem lá estará na altura. Disciplina de voto não existe na minha cabeça. Posto isto, nada contra os referendos, prefiro ser tida e achada a não ser, mas, lá está, depende do resultado, se me agrada ou não, sobretudo se interferir com a minha vida diretamente. E comigo estarão outros, os que vão às urnas e os eleitos pelo voto.
Também achei que a história do referendo em terras lusas correu mal... Concordo com os referendos como são feitos na Suíça: frequentes, sobre matérias importantes e feitas a um povo elucidado. Marla
ResponderEliminarPois, frequentes e sobre matérias importantes: o verdadeiro exercício do povo a decidir (democracia). (De resto, aqui é mais se me convém faça-se, se não me convém, então não...)
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