abril 22, 2013

Quando a beleza é fundamental

        (foto do herdeiro do Dubai, que me parece que é o tal poeta, isto ainda carece de pesquisa...)

homens bonitos dos EAU expulsos da Arábia Saudita. ora aqui está uma não notícia com um potencial danado para análise. num festival, três homens foram considerados demasiado atraentes, podendo fazer as mulheres apaixonarem-se por eles, e portanto, deportados. inacreditável.
por razões óbvias que começam por ter a ver com curiosidade feminina e expetativas de deslumbramento ocular, fui ver se encontrava fotos dos potenciais desviadores de almas e nada. encontrei uma de um príncipe poeta do Dubai e não estava nada mal, nadinha, um verdadeiro príncipe das árabias, em moldes que nada têm a ver com terrorismo moderno e machismo religioso e cultural. 
ora isto leva-me a abordar alguns aspetos.
1º existem homens bonitos, até mesmo demasiado bonitos, por aquelas bandas. habituados que estamos a ver os homens de lá em imagens que nada remetem para a beleza nem para a sensualidade, pois não é que seria bom vermos esses três e outros numa outra perspetiva que não a de sempre, aquela que é repetida até à exaustão pelos media?
2º estamos a caminhar para a igualdade dos sexos ... ou talvez não. na verdade, não, de todo. explicando. ora se as mulheres por aquelas bandas (diga-se a retrógada Arábia Saudita) têm de andar tapadas para não mostrarem belezas que possam distrair os homens, então também não podem os homens ser muito bonitos para não distrair as mulheres. igualdade, à partida. mas o pior é que as mulheres tapadas devem poder, ainda assim, ser bonitas, ou não? então se elas podem bonitas ser e os homens podem apreciar, porque é que as mulheres depois não podem apreciar os homens bonitos? a não ser que eles andem mais destapados do que elas, pois é o que me parece. provavelmente a elas ninguém verá o rosto. não sei, nunca estive lá e gostaria de visitar, para ver com os meus próprios olhos. e apreciar, claro. por outro lado, já vi telenovelas da Arábia Saudita e os bocados que vi, mesmo sem entender a língua, deram para ver que as mulheres têm longos cabelos, têm muita maquilhagem (alguém já viu um casamento árabe, eu já, são camadas e camadas de make up) e usam roupas sedosas, caríssimas, esvoaçantes. é um facto que assim aparecem nos interiores, em casa, não me lembro de ter visto nada dessa beleza exposta em plena rua ou locais públicos. mas o facto permanece inaceitável: a elas não lhes dão o direito de encantar-se. 
3º a vida no Dubai e nos restantes EAU difere da vida na Arábia Saudita, com as suas brigadas anti-vício, as mesmas que aprisionaram os homens do Dubai. tenho uma prima, professora, que vive lá e podia mostrar fotos do seu estilo de vida e look moderno. é uma estrangeira, mas é muçulmana e as fotos parecem saidinhas de Las Vegas. enfim, nada como ir para sentir o pulso e ver para além do que passa na nossa formatada e paupérrima televisão.
a beleza existe e há uns que foram mais abençoados com ela do que outros. e se no ocidente e no resto do mundo ela é já obsessão e até cansa precisamente porque caminha para uma perseguida ubiquidade, já nestes mundos misteriosos que tudo escondem tem muito mais graça. aqui beleza é mais ousadia, é mais desafio das ridículas normas impostas. aqui, direi, beleza é mesmo fundamental.   

4 comentários:

  1. I'll take one of those, please!!! I'm all for refugees, you know...
    Sagi ;)

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    1. That´s a great one:) I do know... and smtg else: blessed are those who believe (in beauty) without (actually) seeing (it/them) :)

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  2. Tenho pena dos pobres lindos moços e não me importava nada de oferecer asilo político ou algo parecido... Mas piadinhas à parte, a igualdade está longe de existir nesses países, uma vez que impedem as mulheres de ter autênticas visões comparáveis à visão de um "oásis no meio do deserto". Quanto à outra questão, a vida nos EUA difere da vida na Arábia Saudita, mas vão se encontrando algumas semelhanças, tal como indica esta notícia: http://p3.publico.pt/vicios/espelho/7598/biquinis-e-tangas-aqui-nao-obrigado
    Marla

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  3. correção: a vida nos EAU...

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