Estranho sempre quando nos enviam e-mails e não dizem mais do que olá, boa noite, boa tarde, bom dia sem se usar o nosso nome na primeira abordagem (aliás, dificilmente se fará noutra a seguir). O nome ou outra forma carinhosa ou agradável de se nos dirigirem a nós, como amiga/o ou outras que tais. Falo, claro está, das pessoas com quem nos relacionamos no dia a dia, por vias profissionais, nomeadamente, ou por outras que nos fazem estabelecer contactos e relações que depois têm um complemento qualquer através de e-mail. Relações de anos, inclusivamente. Pessoas que até podem almoçar connosco e conversar frequentemente sobre variadíssimos aspetos. Estranho e não entranho quando essas pessoas assim se nos dirigem por e-mail. Trata-se de gente que vemos todos os dias, até, e ainda assim, não há boa tarde colegas ou bom dia amiga/o ou olá fulana/o. Não sei ainda explicar se é por um claro déficite de afetividade ou por lacunas na competência comunicativa. Do género o indivíduo ter um grande coração e não saber comunicar, ser parco em palavras e curto e grosso. Ou do género não ter emoção, nem qualquer espécie de sentimento que o faça cativar quem recebe a mensagem. Ou até as duas razões, e aí coitado não de quem recebe mas de quem envia, mesmo. Bom, pode haver um terceiro fator, que é a falta de tempo. Escrever olá beltrana/o demora mais tempo do que escrever apenas olá. E bom dia, em vez de bom dia colegas. Escrever colegas dá muito trabalho e consome muito tempo. Então caros colegas nem pensar. Tempo e energia. E esta é por demais necessária para tentar perceber qual dos motivos leva alguém que conhecemos a dirigir-se aos colegas desta não simpática forma. Ou então qual dos motivos leva alguém que conhecemos a dirigir-se.
Acho que o 'claro déficite de afetividade ou por lacunas na competência comunicativa' faz muito sentido.
ResponderEliminarAquela desculpa da falta de tempo para tudo e para nada, por vezes irrita-me (por vezes o meu mau feitio aparece e, nem sequer me pede licença para entrar).
Também existe aquele outro tipo de gente, que por uma questão de manipular as pessoas, resolve utilizar o nosso nome, gastando-o até à exaustão, como se tal facto lhes desse um acesso mais fácil para conseguirem aquilo que pretendem.
Existe o tal equilíbrio, nem ser demasiado frio e distante, nem demasiado próximo, quando a proximidade nem sequer deu um ar da sua graça.
:)
Não estava a referir-me ao abuso de proximidade, mas sim ao contrário; que me causa "arrepios", sim. :)
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