Há dois dias correu a notícia da morte do ator Nicholas Cage, que pelos vistos não passou de uma mentira. E que pelos vistos já não era a primeira vez. Bom, nem sequer o aprecio e disso já dei conta aqui no AE. Mas ainda bem que não é verdade, obviamente. Isto fez-me lembrar uma coisa, uma caraterística que é tipicamente minha desde há anos e anos a esta parte. Que é o de ser extremamente desconfiada quando leio algo em determinadas esferas. Acontece há anos com as revistas e agora também nos murais do facebook. Leio e a minha primeira reação é não acreditar, sobretudo quando se trata de separações e divórcios e medidas políticas. Sim, assim mesmo, de um extremo ao outro. Quando comecei a dar aulas, ia a reuniões sindicais com mais frequência. Nunca acreditava no que estavam a dizer e o pior é que mais tarde acabaria por acontecer o que previam, ou algo parecido. Com as revistas daquela cor que é discutível, a mesma coisa. Leio na capa que houve uma separação e não creio. E depois vem a confirmar-se que, afinal, onde havia fumo, havia mesmo fogo. E na política, igual, seja no FB ou nos jornais, papel ou online. Desconfio sempre e só acredito quando se torna, infelizmente, realidade. Não comprei a crise logo que ela surgiu, por exemplo, numa péssima amostra desta incredulidade de que padeço. E não acreditei no regresso do ex-prime no prime time, já agora. Pensei que fosse uma brincadeira, juro. Há gente incrivelmente trapalhona, quer dizer, brincalhona, e portanto dou(lhes) sempre o benefício da dúvida. Só quando o vi aparecer na tv, ali em direto e a cores, é que me convenci (e mesmo assim ele não me convenceu).
Tentando analisar o que não tem grande interesse de análise mas ainda assim é analisável, vejo que ofereço grande resistência a notícias notoriamente más. É que me parece que acredito logo nas boas, mesmo que sejam mentira. Se ouvir falar de um casamento galático ou de uma medida governativa excecionalmente boa, tenho para mim que compro a história. Trata-se então de um raro fenómeno de otimismo que faz parte da minha natureza contraditória. Avanço eu. Pode testar-se esta teoria. Eu vou estar atenta. E vocês, se calhar e se não tiverem mais nada para fazer, também. Confiemos.
Ao contrário da Fátima gosto bastante deste actor e, quando soube da notícia achei que o cinema tinha perdido mais um dos bons. Aqueles que sabem da nobre arte de bem saber representar. Felizmente não é verdade. Gostei disso. E também não é suposto gostarmos todos do mesmo. Viver seria muito entediante.
ResponderEliminarEu gosto bastante da Meryl Streep, por exemplo, e um dos leitores que passa diariamente pelo meu blogue, já confessou que nem por isso. Respeito e não é por termos gostos/opiniões diferentes que não se pode conviver. Penso até que conversar com pessoas bem diferentes de nós, é muito mais estimulante, do que o oposto. Mas isto sou eu que tenho tendência a gostar do diferente e de aprender. Acho que só aprendemos com gente diferente de nós. Com gente igual ou semelhante, apenas marcamos passo. Coisa que não é de todo interessante. Na minha opinião.
Deixe-me dizer-lhe que adorei este seu texto. Tem lá todas as 'ervas aromáticas' necessárias para ser interessante e... engraçado. Tem humor escondido. E outra coisa qualquer que não consigo saber bem o que é. Ou pelo menos a palavra está para aqui perdida e não aparece.
Não sou uma pessoa desconfiada. De forma alguma. Ser desconfiado é viver constantemente com o pé atrás e isso não é saudável, nem para nós nem para os que se encontram à nossa volta. Digo eu e perdoe-me a minha honestidade. Quem sou eu para estar para aqui a dizer coisas se nem sequer a conheço. Digo apenas que não foi escrito com má intenção. Apenas honestidade.
Mas se por um lado não sou nada desconfiada, por outro sou extremamente cuidadosa e, dou-me ao trabalho de 'pesquisar' para ter certezas que poderão passar por não ser absolutas. Apenas certezas.
A imagem que colocou, apesar de não simpatizar especialmente com gatos, é deliciosa. E a gostar de gatos, tenho a certeza que só poderiam ser pretos. É que são lindos, apesar de perturbar um pouco. Não sei bem porquê. Coisas minhas :)
Fico contente se gostou do texto, eu diverti-me a escrevê-lo, maria. Bom, sendo bastante crédula em muitas coisas, nas notícias escritas em determinadas esferas, não. :) Penso sempre que pode ser mentira. Porque não tenho certezas de nada. E faz-me confusão quando as pessoas têm muitas (não estou a dizer que é o seu caso, atenção, não me interprete mal, de todo). Quanto ao resto, também não sou "gateira". :)
EliminarA televisão é capaz de dar vida a um "morto". Veja-se o nosso governo...
ResponderEliminarAbraço
:) Muito bom, jrd. :) A propósito, li a hilariante crónica do José Diogo Quintela "J Socrates e J Cristo", dois regressos de uma assentada. Leu? :)
EliminarOlá Fátima.
ResponderEliminarPronto, és otimista! Só receio que não tenhas, nos tempos mais próximos, grandes ocasiões para testar a tua fé em boas notícias.
Beijinhos
Eu cá também vou nessa da (in)credulidade otimista, Teresa :) Agora, boas notícias, de facto, não será fácil... não se arranjará por aí um casamento cinematográfico super galático? Comprava a história... e mesmo a revista. LOL
EliminarVejo essa sua desconfiança pela quantidade alarve de más notícias que povoam os media. Ou por outra: uma boa notícia não é notícia... (exceptuando no futebol, claro).
ResponderEliminarBom fim-de-semana, Fátima!
Obrigada, Paulo, também para si. Um beijo mais "radioso" hoje :)
EliminarLá em cima - deve ser também isso, certamente.