A vida dá muitas voltas. Ninguém pode estar absolutamente certo de nada nem de ninguém. O que hoje parece inabalável, inquestionável, inquebrável amanhã fragmentou-se, estilhaçou-se para não mais se recompor. Ou não. Às vezes ainda se consegue juntar os fragmentos e voltar a construir o que já fora. Ou não. Por vezes os estilhaços serão perenes, desaparecendo com o tempo e deixando apenas memórias do que foi ou sonhos do que poderia ter sido. Será isto bom ou nefasto? Não sabemos. As sensações de perda ou de reviravolta nas certezas serão certamente funestas, forjadas a desilusão e dor. Mas outra vida pode começar a desenhar-se. Outra forma de existir que aguardava, escondida, tímida, pode começar a projetar-se. Pode viver-se duas vezes. Pode encetar-se uma nova dinâmica, saída do mais completo desnorte. Pois é assim que as ruturas devem ser. Alavancas de mudança para uma dimensão maior. Ir ao encontro do que está lá dentro, mesmo depois de um profundo desencontro. A vida dá mesmo muitas voltas. Desejando-as ou não, nada como percorrer os labiritintos da mudança. Com dor ou menos dor, nada como encontrar o que se perdeu ou nunca teve.
julho 10, 2012
A quem o estiver a viver
A vida dá muitas voltas. Ninguém pode estar absolutamente certo de nada nem de ninguém. O que hoje parece inabalável, inquestionável, inquebrável amanhã fragmentou-se, estilhaçou-se para não mais se recompor. Ou não. Às vezes ainda se consegue juntar os fragmentos e voltar a construir o que já fora. Ou não. Por vezes os estilhaços serão perenes, desaparecendo com o tempo e deixando apenas memórias do que foi ou sonhos do que poderia ter sido. Será isto bom ou nefasto? Não sabemos. As sensações de perda ou de reviravolta nas certezas serão certamente funestas, forjadas a desilusão e dor. Mas outra vida pode começar a desenhar-se. Outra forma de existir que aguardava, escondida, tímida, pode começar a projetar-se. Pode viver-se duas vezes. Pode encetar-se uma nova dinâmica, saída do mais completo desnorte. Pois é assim que as ruturas devem ser. Alavancas de mudança para uma dimensão maior. Ir ao encontro do que está lá dentro, mesmo depois de um profundo desencontro. A vida dá mesmo muitas voltas. Desejando-as ou não, nada como percorrer os labiritintos da mudança. Com dor ou menos dor, nada como encontrar o que se perdeu ou nunca teve.
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Muito bom! Os meus parabéns! :)
ResponderEliminarMas tomara que tudo fosse assim tão fácil... Ricardo Rodrigues
É verdade. Agora q me lembro, um dos meus mottos costumava ser "onde deus fecha uma porta,abre uma janela". Vamos lá abrir a janela à mudança. Boa ou má, pelo menos é diferente.
ResponderEliminarSagi
Ricardo: A dor não é fácil, nunca. Resta depois a segunda vida:)
ResponderEliminarSara: fechada é que nada trará...:)
Incrível a forma como lês as almas, as angústias, as dores...
ResponderEliminarAntecipas as palavras que temos medo de pensar, dizer, partilhar.
Parabéns Faty, pela tua clareza de espírito como nos vais verbalizando a todos.
Andreia
Fantástico...
ResponderEliminarE o mais incrível, é que parece que escreves para cada um que te lê...
Parece que consegues ler o que nos vai na alma e concretizar em palavras...
Parece que escreves para mim...
Beijinhos enormes!!!
Obrigada :)
Andreia, obrigada pelas tuas belas palavras:) Gosto destas coisas:) mas, engraçado, porque achei o texto tão simples e foi feito de forma tão rápida... Ainda bem que gostaste!
ResponderEliminarAna, pode ser para ti ou para muitos, até para mim. Não sabemos nada ao certo, essa é a verdade:) Beijinho grande e obrigada por estares atenta
Amei!
ResponderEliminarAna Gonçalves