julho 29, 2014

Mistério




Dá-me a ideia de que grande parte das pessoas queridas nunca fala contra, nunca se queixa e, sobretudo, não dá um murro na mesa, figurativamente falando, claro. Ou seja, entram mudas e saem caladas. Lá, onde entram e de onde saem e quando era preciso falarem. Saber quando é que alguém que manifestamente não entra mudo nem sai calado pode adquirir o estatuto de ´querido´ é definitivamente uma incógnita.

4 comentários:

  1. Ser o mais neutro possível é uma "ciência" que não está ao alcance de todos... Os que lá chegam ganham um estatuto imperdível, acredito nisso. Estou a anos luz de distância, mas olhe que às vezes tenho pena... :))

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    1. Ah, sim, concordo, é ótimo ser-se querido :) :) Ora vejamos esta interessante abordagem que nos trouxeste. A neutralidade como independência é algo de que gosto. Pode ser silenciosa ou não, mas não o será constantemente, é consciente e assumida. Já os silêncios constantes fruto da ausência da coragem moral são algo que não aprecio lá muito. Ou se forem fruto da dissimulação, porque os há, então pior.
      Olha, continuei a tratar-te por tu - não estávamos nesse patamar, Carla? :) :)

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    2. Claro, mas claro que sim. Às vezes a minha vida profissional faz com que o hábito se instale e o automático ligue na forma de tratamento. Não sei se foi engano na letra, mas suponho que não, que foi mesmo o você. Acontece-me tantas vezes pessoalmente, que já tem surgido, totalmente a despropósito, pôr-me a pensar perante determinada pessoa: e agora? és tu ou é você?? :))) Desculpa...

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    3. :) Não tens de pedir desculpa, Carla, está reposta a (boa) verdade :) Também já me tenho visto a falar em termos de tu e você com a mesma pessoa, em dias diferentes, lol, por distração, mas sempre com pessoas muito mais velhas. :)
      E tenho o hábito de tratar por você os alunos quando estão a ser desafiadores e lhes estou a passar um raspanete, eles sabem logo que ali há gato! ;)

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