dezembro 21, 2013
De barriga cheia
Está na moda bater nos sindicatos.
Dantes, há bastante tempo, não havia sindicatos.
Muitas pessoas, ao longo da história, pagaram um alto preço para eles vingarem.
Agora que os temos, gostamos de dizer que nada fazem e que são os responsáveis pela instabilidade social.
Talvez fosse melhor, então, voltar à era da Revolução Industrial?
Às horas de trabalho até à exaustão?
Ao trabalho infantil?
À miséria das slums - que não se erradicaram, infelizmente, em muitas partes do globo?
Está na moda bater nos professores.
Em muitos locais do mundo, as crianças não têm escola.
Não há escolas, não há carteiras, não há cadeiras.
Não há livros nem manuais.
Não há escolas, não há professores.
Em muitos locais do mundo, repito, as crianças não vão à escola.
Não podem ir, porque são meninas, porque são pobres, porque estão impedidas, porque trabalham.
Porque as leis e as condições de vida não as deixam.
E ficamos contentes quando sabemos que podem.
Que já há escolas.
E livros.
E professores.
Que as leis mudaram.
Que as condições o permitem.
Aqui, insultamos os professores. Rebaixamo-los, humilhamo-los.
Culpamo-los dos males que as nossas escolas têm.
Culpamo-los dos males que a sociedade tem.
Quando não temos nada, queremos ter. E estamos zangados por não ter. E bem, diga-se.
Quando temos tudo, ou muito, não queremos ter. E zangados estamos por ter. Mal, diga-se.
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Quando a gula é muita, não há fartura que não dê em fome.
ResponderEliminarBem visto.
EliminarAinda bem que existem sindicatos e essas coisas todas. Pena é o uso que, não raras vezes, se faz delas...
ResponderEliminarPode ser, KK, certo, mas que não se ponha em causa a existência delas - porque se o fizermos não temos qualquer tipo de moralidade para criticar as sociedades que ainda não as têm.
EliminarPasso só para lhe desejar um Feliz Natal.
ResponderEliminarObrigada, Carlos, pela simpatia. Desejo-lhe um Happy Xmas e uma ótima semana natalícia também para si.
EliminarTal como o Carlos, desta vez não venho comentar o post, Faty! Venho apenas dar-lhe um enorme beijinho de bom Natal e desejar-lhe muitas coisas boas para o novo ano que aí vem. Aqui fica, então.... :)*
ResponderEliminarMuito obrigada, Isabelinha. O mesmo para si (estive sem net no fim de semana todo, ainda não deu para fazer essa simpática ronda.) Beijinhos natalícios
EliminarO natal vai começar de novo
ResponderEliminarTudo pelo melhor
Abraço
O natal vai começar
ResponderEliminarde novo
Tudo pelo melhor
Abraço
Muito obrigada, Eufrázio. Um beijinho e o mesmo para si.
EliminarVotos de um Santo Natal, que não falte o aconchego do abraço da família, do doce das rabanadas, do bem estar da saúde, do amor do filho, de uma noite de paz. Tantas coisa que não se compram em nenhum centro comercial. Um Natal há sua medida. Beijinhos.
ResponderEliminarMuito obrigada, amiga Aliete. O mesmo para aí, a sul, para si. Beijinhos natalícios e volte sempre. *
EliminarMuito bem visto e dito, claro! Chegámos a um patamar tão elevado que parece que estamos a regredir... Espero que seja só impressão minha! Marla
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