Não poderei, claro, defini-la cientificamente mas a obsessão significará pensar muito sobre algo. Pode ser simples ou pode revestir-se mesmo de perseguição, quer do ponto de vista físico quer do ponto de vista mais mental. Não há dúvida que há pessoas mais obsessivas do que outras, não conseguindo relaxar nem desprender-se do objeto do seu desejo ou angústia. Mas todos nós teremos graus maiores ou menores de obsessões quotidianas, de pensamentos fixados em aspetos de diversa índole e de impulsos que não conseguimos domar. Que tipo de coisas põem o nosso estado em alerta? Que tipo de coisas nos assaltam o pensamento de forma persistente? Que tipo de coisas nos fazem perder o fio da racionalidade? Não possuo diploma nem tenho experiência profissional nesta área mas parece-me que há ideias e imagens recorrentes que nos desiquilibram mais do que outras. Dinheiro. Sexo. A morte. Amor e ciúme. Formas de poder. Maternidade, constituição de família. Trabalho. Fama. Entre outras, muitas outras, e sem me debruçar sobre as mais triviais e sobre as mais variadas formas de mania, que nos levaria a uma abordagem mais vasta, conhecedora e técnica. O leitor decerto terá a sua obsessão de eleição. Penso que a minha se prende com os outros. Pessoas, comportamento, atitudes e, geral e aquelas que recaem sobre mim ( e as que faço recair sobre outros). É isto que mais me ocupa o pensamento, que me intriga, repulsa ou inspira. Ou aquilo que me angustia ou liberta. Devo certamente ter manias, tenho, mas ainda não serei um caso perdido, quero eu pensar. De resto, a vida continua e é a vida a grande ambição que tenho. Ou obsessão maior, a bem dizer.
Fátima, vou comentar :)
ResponderEliminarA estrutura obsessiva é uma estrutura mental que se desenvolve com determinados marcadores muito especiais. São normalmente pessoas que necessitam de controlar o mundo que as rodeia, por ser a única forma de se regerem sobre o princípio que as coordena, a ordem. Se estiverem compensadas, são pessoas ordenadas, simplesmente, sem problemas de maior. Se não, podem desenvolver-se transtornos, nada simpáticos por sinal. De resto, e nos pontos que falas, obviamente que todos temos fraquezas, gostos, mas que não têm necessariamente de ser obsessões.
(Espero que não leves a mal este meu coment. Não me estou de forma alguma a armar-me em entendida. Só dei uma explicaçãozita mais ou menos, e disponho-me a explicar melhor, se assim o quiseres...)
Carla, não levo nada a mal, aliás lembrei-me de ti enquanto escrevia o post. Isto não tem pretensão científica, de todo, não sou entendida, sou apenas uma professora de inglês que gosta destes temas,falei da obsessão a nível do pensamento, ideias recorrentes que nos assaltam,e que comummente chamamos de obsessão. :) Daquilo que observo ou me dizem. Por exemplo, uma colega minha diz-me pensar amiúde na morte. Obrigada pelo esclarecimento e sim, tem muito mais do que se lhe diga. :) Beijinhos e obrigada pela visita, como sempre, é um prazer ter-te por cá.
ResponderEliminarP.S. O filme aqui postado, "O Obcecado", que adorei, esse sim mostra uma perigosa forma obsessiva. :)
Bem dito. As obsessões são tendências que no pior dos casos podem nos afastar da realidade. No melhor dos casos, se assim podemos dizer, ao fazerem parte da nossa vida, elas são a nossa primeira pele e em alguns casos o elo que nos amarra à vida. Carlos Martins
ResponderEliminarFátima, não conheço o filme. Mas sim, as obsessões descompensadas podem ser muito complicadas. Muito mesmo, porque a pessoa descoordena-se, descontrola-se e age em conformidade com o seu interior obcecado. Não, não é bom. De todo.
ResponderEliminarCarlos, muito interessante:) Sim podem ser motor de ação, curiosamente. Na forma positiva, simples. :)
ResponderEliminarCarla,é muito bom, trata-se de um clássico, vi há vários, vários anos:)
É um tema muito interessante. Gostei da tua abordagem e gostei do comentário da Carla, mais científico e que explica uma desordem psicológica difícil de gerir e lidar com ela. Sei isso bem, porque tenho um caso próximo. No entanto, os temas que referes estão entre as nossas obsessões normais, digamos assim, ou talvez estejamos apenas geneticamente programados para regermos a nossa vida em termos do poder, da maternidade, da segurança da tribo, da conservação da espécie. Penso muitas vezes que estamos mais próximos do nosso antepassado Neanderthal do que nós próprios pensamos. :)
ResponderEliminarCompletamente:) Fico contente que tenha gostado e também apreciei muito o seu comentário. Volte sempre, Teresa. Beijinhos e continuação de boas férias
ResponderEliminarPensei, pensei ,pensei e só encontrei uma obsessão: odeio coelhos de duas patas...
ResponderEliminar:) :) Só podia, Carlos! :):)
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