A canção do David Bowie nos fantásticos idos anos 80 adivinhava uma estrela oriental de primeiro plano. Lembro-me de a ter conhecido na RTP2, no tempo em que passavam belos filmes "estrangeiros" (leia-se não em inglês) e quando, também eu, tinha mais tempo. Ora, isto já foi há...algum tempo. Muito tempo. (?) O filme foi o Ju Dou, do aclamado Zhang Yimou. Interpretava ela uma mulher casada com um velho que tinha um sobrinho que a Ju Dou do filme haveria de amar. O cenário era uma tinturaria cheia de intensidade cromática que não mais esqueci, emblemática, de certa forma, do exotismo a oriente, do inebriar dos sentidos pelo qual é lendário. O filme é trágico e Gong Li eternizava-se como super estrela. Belíssima, exótica, um grande número de filmes marcantes viriam, festivais de cinema por todo o mundo renderam-se-lhe, premiaram-na e prestam-lhe homenagem.
Mais velha, revi-a não há muito tempo em Miami Vice, no remake da famosa série do nosso mais que apreciado detetive Sonny Crocket. Ao lado de Colin Farrel conseguiu ainda exibir uma enorme sedução, eu pelo menos fixei o par como dos que mais resultaram no écrã nos últimos tempos. Sim, não tenho ido ao cinema. Mas costumo achar que os filmes são eternos e não têm idade. Tal como toda a arte, de resto. A minha noção de tempo, mais uma vez... Há quem vá dizer que isto foi há séculos. Mas o que queria mesmo dizer é que a atriz de Adeus Minha Concubina é de uma beleza e magnetismo sem fim. E, ao mesmo tempo, como ela emite ondas de sensibilidade. Sensual e zen, ela é uma estrela à mais que inevitável escala global dos tempos modernos. Sou fã.
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