fevereiro 06, 2014

A máquina do tempo


querido diário
os dias passam, por entre uma chuva interminável que nos vai sugando a energia, e os sobressaltos, não meus, mas deles e que acabam por ser meus. o trabalho e os trabalhos apertam, roubando-nos descaradamente a disposição. não há tempo para escrever, nem ler, não há tempo para sair, não há tempo para a cultura nem para a diversão. o tempo escoa e o outro tempo, o que vejo do lado de fora das minhas vidraças, também não ajuda a tornar mais leves os estados de alma. que dizer, pois então? bom, e voltando ao teor dos meus dias, não foi por falta de aviso. não foi por falta de chamadas de atenção, de conversas mais intimistas, de apelos à consciência, de contactos variados, de esforços para além do comum. mas, ainda assim, prevejo que tudo vá amainar. o tempo deles, de alguns deles, está a esgotar-se, o tempo do inverno também. a espera custa e é um teste à brava mas o tempo da calmaria chegará. o sol brilhará. se não para todos, chegará o inverno ao outro lado do hemisfério, brilhará para alguns. o que não é pouco. sempre assim foi e sempre assim continuará a ser. pena o desgaste e o que se perde no tempo da espera. não é pouco.

7 comentários:

  1. Faty:
    E esta novidade de escrever sem maiúsculas é mera inovação estilística, ou tem um sentido que não consegui captar? ;)

    Beijinho

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    1. Novidade, nada, Isabelinha :) Já o fiz antes e outros o fizeram e fazem :) Mas sim gosto de quebrar convenções, pessoalmente. E em última análise, poderá defender-se, e bem, que a criação não gosta de regras :)

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  2. O sol brilha para todos, porém nem todos querem saber da luz do sol... preferem as sombras!


    Beijinho!

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    1. Sem qualquer dúvida, Alexandra. Continuo a achar que há uma atração pelo abismo por parte de muitos. Que não tem desculpas exteriores.
      Bom fim de semana!

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  3. Às vezes, não é só a idade e a rebeldia inerente à mesma, é uma grande falta de orientação e de bom senso ao não se equacionar as consequências. Marla

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