Já aqui escrevi acerca da importância que teria os trabalhadores poderem decidir sobre algumas condições de trabalho que lhes dizem diretamente respeito. Uma grande percentagem de pessoas, em todo o mundo, sente-se infeliz com a forma como trabalha mesmo sendo possível que essas pessoas gostem do que fazem. Por várias razões. Uma delas é a questão dos horários. Aqui há semanas li algures que um país nórdico (não sei dizer qual exatamente, mas tinha que ser um país nórdico, claro) está a insistir e a alargar a flexibilidade de horários, escolhida pelo trabalhador, para ir ao encontro dos ritmos de cada um. Pessoas felizes, com energia e motivadas produzem mais, nada de novo nesta conclusão, de resto. A flexibilidade laboral nórdica é conhecida mas penso que a notícia se prendia exclusivamente com a hora de entrada (e saída). Há quem seja matutino e quem, como eu, deteste levantar-se cedo. O objetivo é permitir aos últimos que possam entrar muito mais tarde ao trabalho, respeitando os seus modelos pessoais de sono e níveis de energia física e mental de acordo com as horas do dia. Argumentar-se-á que em Portugal já se pode usufruir do mesmo em muitas empresas e locais de trabalho. Acredito que sim, mas na maioria não. Pessoalmente nunca fui tida e achada para estabelecer preferências no meu horário, de todo. E admito que me faria diferença, para melhor, entrar mais tarde (dar aulas mais tarde, na verdade). Os meus níveis de boa disposição aumentam consideravelmente após o almoço e deve haver mais gente a sentir o mesmo. Poder escolher é uma grande forma de liberdade. E exercê-la, neste caso, significaria trabalhar mais e melhor. Ninguém, desta forma, sairia perdedor.
Começar a trabalhar cedo e "sair" a boas horas, significa esticar o dia e aproveitar ao máximo as escassas horas de "sol".
ResponderEliminar:)
Que sol, jrd? Eu não o vejo há meses! E tenho sono a manhã toda :) :) Nem sol nem horas de sono. :) Nãooooo!
EliminarSendo assim, talvez um horário de inverno e um de verão fizessem sentido. Mas o nosso país é inflexível em muitas coisas, desde o plano de estudos universitários ao horário laboral e a percentagem de horas semanais de trabalho. Algo muito comum na Europa Central e do Norte é optar-se por trabalhar entre 60% a 90% consoante as necessidades... para se poder ter mais tempo para família. Portugal ainda tem muito para evoluir! Marla
ResponderEliminarOptar... a palavra mágica :)
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