fevereiro 13, 2014

Horas felizes

                    

aqui escrevi acerca da importância que teria os trabalhadores poderem decidir sobre algumas condições de trabalho que lhes dizem diretamente respeito. Uma grande percentagem de pessoas, em todo o mundo, sente-se infeliz com a forma como trabalha mesmo sendo possível que essas pessoas gostem do que fazem. Por várias razões. Uma delas é a questão dos horários. Aqui há semanas li algures que um país nórdico (não sei dizer qual exatamente, mas tinha que ser um país nórdico, claro) está a insistir e a alargar a flexibilidade de horários, escolhida pelo trabalhador, para ir ao encontro dos ritmos de cada um. Pessoas felizes, com energia e motivadas produzem mais, nada de novo nesta conclusão, de resto. A flexibilidade laboral nórdica é conhecida mas penso que a notícia se prendia exclusivamente com a hora de entrada (e saída). Há quem seja matutino e quem, como eu, deteste levantar-se cedo. O objetivo é permitir aos últimos que possam entrar muito mais tarde ao trabalho, respeitando os seus modelos pessoais de sono e níveis de energia física e mental de acordo com as horas do dia. Argumentar-se-á que em Portugal já se pode usufruir do mesmo em muitas empresas e locais de trabalho. Acredito que sim, mas na maioria não. Pessoalmente nunca fui tida e achada para estabelecer preferências no meu horário, de todo. E admito que me faria diferença, para melhor, entrar mais tarde (dar aulas mais tarde, na verdade). Os meus níveis de boa disposição aumentam consideravelmente após o almoço e deve haver mais gente a sentir o mesmo.  Poder escolher é uma grande forma de liberdade. E exercê-la, neste caso, significaria trabalhar mais e melhor. Ninguém, desta forma, sairia perdedor. 

4 comentários:

  1. Começar a trabalhar cedo e "sair" a boas horas, significa esticar o dia e aproveitar ao máximo as escassas horas de "sol".
    :)

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    1. Que sol, jrd? Eu não o vejo há meses! E tenho sono a manhã toda :) :) Nem sol nem horas de sono. :) Nãooooo!

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  2. Sendo assim, talvez um horário de inverno e um de verão fizessem sentido. Mas o nosso país é inflexível em muitas coisas, desde o plano de estudos universitários ao horário laboral e a percentagem de horas semanais de trabalho. Algo muito comum na Europa Central e do Norte é optar-se por trabalhar entre 60% a 90% consoante as necessidades... para se poder ter mais tempo para família. Portugal ainda tem muito para evoluir! Marla

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