Provavelmente haverá que destrinçar as noções de sozinho e de só. Está-se sozinho muitas vezes porque os outros estão ocupados, porque há essa necessidade por imperativos exteriores, porque nós o queremos e nos sabe bem. Esta solidão física pode ser muito positiva, já que nos faz recarregar baterias, meditar ou mesmo criar. A muitos de nós é difícil estar 24 horas em permanente convívio, socialização, partilha e comunicação. Precisamos desse espaço só nosso para as energias se renovarem, as do corpo e da mente.
Está-se só, muitas vezes por opção, ao que dizem, se bem que nem sempre o sintam, ou porque o percurso de vida assim o obrigou. Esta solidão afetiva será bem mais difícil, árida, dura. Mesmo que a liberdade seja um precioso bem que nos permite fazer o que nos apetece e ser absolutos donos de nós mesmos, às vezes todos ou quase todos ansiamos por umas amarras feitas de afetos que deem algum sentido aos nossos dias para além das obrigações profissionais, carreira e mesmo apenas da sobrevivência.
De qualquer forma há estados solitários que são precisos, ainda que possam ser dolorosos, constituindo fases em que há um redescobrir de quem se é ou daquilo que se quer ou do que não esteve bem. Se seguidos a alguma desilusão são fundamentais para o renascimento, para o encontro, com um novo companheiro, e sem tempo definido, que pode durar pouco, bastante ou muito mais .
Há ainda a situação de muita gente se queixar de não ter ninguém para "sair" (lembram-se de Marilyn, que lamentava, sendo a mais amada mulher no planeta, não ter companhia num sábado à noite?) ou ainda há aqueles que recusam sair para conviver ou conhecer alguém, independentemente das razões. Os sociólogos e psicólogos que vou lendo debruçam-se invariavelmente sobre a questão da solidão. Termino com uma mais que interessante, porque conhecedora, citação de Isabel Leal, no seu livro Guia de Sentimentos Prováveis:
"Mas a generalidade disso a que se chama solidão não tem que ver com nenhum tipo de isolamento social nem com falta de pessoas para interagir. A maioria das vezes, solidão é sinónima de infelicidade. A infelicidade que grassa sobre o facto de alguém não se sentir amado nem amar." Neste sentido, é bom estar sozinho quando não se está só...da mesma forma que se pode estar só no meio de muita gente a fazer-nos companhia.
found this , so
ResponderEliminarSolitude is the state of being alone without being lonely. It is a positive and constructive state of engagement with oneself. Solitude is desirable, a state of being alone where you provide yourself wonderful and sufficient company.
Solitude is a time that can be used for reflection, inner searching or growth or enjoyment of some kind. Deep reading requires solitude, so does experiencing the beauty of nature. Thinking and creativity usually do too.
Solitude suggests peacefulness stemming from a state of inner richness. It is a means of enjoying the quiet and whatever it brings that is satisfying and from which we draw sustenance. It is something we cultivate. Solitude is refreshing; an opportunity to renew ourselves. In other words, it replenishes us.
Loneliness is harsh, punishment, a deficiency state, a state of discontent marked by a sense of estrangement, an awareness of excess aloneness.
Solitude is something you choose. Loneliness is imposed on you by others.
We all need periods of solitude, although temperamentally we probably differ in the amount of solitude we need. Some solitude is essential; It gives us time to explore and know ourselves. It is the necessary counterpoint to intimacy, what allows us to have a self worthy of sharing. Solitude gives us a chance to regain perspective. It renews us for the challenges of life. It allows us to get (back) into the position of driving our own lives, rather than having them run by schedules and demands from without.
Solitude restores body and mind. Lonelinesss depletes them.
É isso tudo. Tb o disse, de forma mais sucinta, diria. Faty
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