A solidão física geralmente é indolor, porque e quando necessária e desejada. Já a solidão afetiva é passível de se tornar num imenso deserto de dor. Ela pode ser necessária, como luto ou forma de autoconhecimento e renovação, e por isso mesmo até ser desejada. Mas provavelmente não a tempo inteiro, não eternamente. Já a primeira, por entre saltos de tempo variáveis consoante os humores ou as vontades, pode durar uma vida inteira. Tanto uma como outra podem, no entanto, ser compatíveis com o caráter e as emoções mais profundas de cada um. Ou também podem não ser.
Creio que a solidão física só é indolor quando se torna um hábito insubstituível.
ResponderEliminarJrd, sou adepta da solidão física algumas vezes, solidão física - o estar sozinha - porque isso significa liberdade: escrever, refletir, dormir, explorar, ler, informar-me, sossegar, respirar, renovar energias. Sabe-me bem, sou muito independente. :)
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ResponderEliminarA solidão faz parte da consolidação do nosso eu. Só é patológica se em demasia. O que é demasia? Na maioria das vezes o que vai além do que nos faz sentir bem...
ResponderEliminarSempre lindamente dito, Carla. :)
EliminarTambém me lembrei, por causa do comentário do jrd, acima que de facto pode ser dolorosa, a física, se forçada (famílias distantes, amores, etc...) Como é bom ler os outros - vocês, aqui - e aprender com eles. :)