abril 07, 2014

Uma outra perspetiva


    

No dia 18 de março o AE teve a oportunidade de ser apresentado no auditório da minha escola na rubrica "Uma outra perspetiva de escrita", atividade inserida na Semana da Leitura, e que se seguiu à apresentação de um romance de Filipe S. L. Monteiro. Esta foi uma simpática ideia do Departamento de Línguas onde me insiro e foi algo que me deu bastante prazer fazer, não só porque foi uma forma de levar o AE a outras pessoas que o desconheciam  como porque me deu oportunidade de estar à conversa sobre temas que me interessam. E o que me faz escrever aqui umas linhas a propósito disto foi o facto de, a dada altura, eu estar a falar dos textos ou crónicas ou posts que alimentam o blogue. E então, lá fui dizendo, sem qualquer espécie de preparação, que já escrevi textos muito zangada com o mundo, ou simplesmente com alguém, que já escrevi textos muito cansada, que já escrevi textos com enxaqueca muitas vezes, que já escrevi textos dos quais agora não gosto nada, que já escrevi textos a rir-me a bandeiras despregadas, que já escrevi textos inspirados numa pessoa em concreto, que já escrevi textos para encher, que já escrevi textos com o meu filho aos pinotes à minha volta, que já escrevi textos com muito sono, que já escrevi textos estando bastante alegre, que estar muito alegre não ajuda a escrever grande coisa mas que estar extenuada não ajuda a escrever nada de nada. E como estou em final de um período estafante e desinspirador, vou, então, retirar-me para já para não registar mais nada que não tenha interesse absolutamente nenhum. (Partindo do arrogante princípio que o que está acima terá algum).

5 comentários:

  1. Na escrita que por aqui se "escreve", nunca dei por falta de inspiração e muito menos de qualidade. Bem pelo contrário.
    :)

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  2. Que bela iniciativa! De facto, ninguém imagina como vai o estado de alma e a condição física ou mental de quem escreve (daí desse lado), pois os textos são sempre muito bons! Beijos Marla

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    1. Obrigada, Marla, mas assim é: aliás, este ano letivo não tenho tido nem a serenidade mental (nem energia) nem tempo para escrever como queria.

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