abril 20, 2014

Ao largo


Tenho-me visto muito atrapalhada com a hifenização sob o novo Acordo Ortográfico, como se já devem ter dado conta por aqui. Se já não era propriamente fã de hífens antes, imagine-se agora. Um desacerto, confesso. Não defendi o AO mas também não fui contra, considerei-o dado adquirido, sendo eu docente ao serviço de uma escola. Ainda por cima, e graças a deus, falo e escrevo em inglês nas aulas, o que é uma considerável vantagem a vários níveis (mas lembre-se, as diferenças entre as variantes de inglês na grafia são muito poucas). Vai daí que, ao ter de mudar, quanto antes melhor e também não me vi nem vejo a escrever de uma forma nos documentos da escola e de outra na vida pessoal, respeito quem o faça e quem o consiga, mas pessoalmente  tenho mais que fazer e em que pensar. E isso leva-me à conclusão deste post nada pascal: há hífens que deviam estar por aqui e outros que não deviam estar (e mais coisas, sei, imagino) mas de todas as preocupações que vou tendo esta é manifestamente insignificante para não dizer nula. O essencial, aquilo que verdadeiramente interessa para irmos indo e não muito mal, anda mesmo muito longe daqui. 

8 comentários:

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    1. :) Não é? Tanta coisa realmente essencial e preocupante... Beijinho, Rosa *

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  2. Felizmente, não tenho que cumprir a regra, mas de facto é mais um desacerto que vos arranjaram.

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    1. Olá Pancho :) De facto, a hifenização é um bico de obra.

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  3. Compreendo a sua atrapalhação. Eu, por não ter aderido ao AO, poupei(-me) na decisão que tomei.
    :)

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    1. Respeito, compreendo completamente, jrd, mas eu aderi e não acho que a língua vá desaparecer, de todo. Um dia será um dado adquirido - já vejo isso com o pequeno na escola - e seria anedótico e pouco sério agora dar-se o dito por não dito. Para quem faz a transição é que a coisa é mais complexa sobretudo em coisas complexas como a hifenização. :)

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  4. A hifenização ficou muito mal resolvida devido à falta de lógica. Para não falar das outras nações lusófonas, que têm opiniões divididas em relação ao AO. Um verdadeiro desencontro linguístico... Marla

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    1. É verdade, mas penso que voltar atrás, ainda assim, seria inconcebível, por variadíssimas razões. Isso não defendo.

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