Acho que ainda não tinha dito publicamente que aprecio a figura de Manuel Alegre. E que, por isso, vejo com muitos bons olhos que ele me represente enquanto presidente. De facto, ele reúne uma série de características que me agradam.
Desde logo, é poeta. Alguém que tem pelas palavras o culto que ele tem não podia deixar de ser alvo da minha admiração. Sempre gostei dos escritores, dos homens das letras, dos intelectuais por serem quase automaticamente humanistas e sensíveis, de visão alargada e sábios. Acho que um presidente com esta dimensão engrandece um país, projectando-o culturalmente.
Depois, é Alegre um símbolo. Daquilo que foram lutas anteriores e porventura sonhos que se projectam até hoje. Esteve antes e tem estado depois, sempre e profundamente engagé com os valores sociais e humanistas que são apanágio de uma geração de lutadores pela liberdade.
Aparece-me também como alguém íntegro, sólido, seguro, conhecedor e ainda, fundamental para mim, de pensamento independente. O facto de estar ligado a um partido não invalida que, frequentemente, não tenha opiniões próprias e diferentes das dos demais. Tal facto revela coragem e força moral, traços de carácter imprescindíveis para mim.
E depois tem uma presença muito agradável, passando por uma voz carismática e inconfundível, até ao trato relativamente afectivo, despojado de falsidades e de concessões. Directo, verdadeiro, autêntico. Profundamente realista, também. Sem pessimismo, com uma visão a raiar o optimismo de pés-no-chão, bem como gosto.
Numa altura em que a política surge cheia de figuras de pendor economicista, tecnológico e administrativo, bem que me apetece ver alguém para quem o humanismo e as pessoas são valores inestimáveis.
Por mim, bem que pode ser (o meu) presidente.
Um presidente humanista e poeta, também me agrada. É pessoa antes de ser um partido e tem ideias, antes de ter uma ideologia...sim, gosto.
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