agosto 29, 2011

The Book of Faces

 


Dos blogues que vou seguindo, há uma temática que lhes é comum - um texto sobre o Facebook e como as relações passaram a ser diferentes com o advento deste e doutros fenómenos da Internet. Há quase sempre um lado negativo que apontam a este tipo de vida online mas também há, nessa crítica, aspetos vistos de um ponto de vista humorístico. Por exemplo, é apontado como estranho o facto de, como em nenhum outro lugar, as pessoas ficarem amigas de pastelarias, esplanadas, restaurantes e muitos e outros  mais num instantinho. Ou seja faz-se o Gosto / Like e já cá cantam mais não sei quantos amigos na nossa lista. Nesta linha, dei por mim a pensar que só vou em 217 amigos (tive a infeliz ideia de bloquear uns poucos que não me ligavam nenhuma) e que este número pode ser maior (tornando-me eu, logo, mais popular) se eu também ficar amiga da restauração e outras que tais. Mas poderei ser eu realmente amiga de uma pastelaria? Bem, ... sou amiga dos pastéis, ai sou, até fã e daquelas incondicionais. Ora isto já é um bom começo, certo? Certamente que sim. Não estranhem, pois se os meus amigos aumentarem nos próximos tempos.
Mas, humor à parte, eu sou aficionada do FB. Como, com a maternidade, me tornei mais caseira lá vou, quero pensar, mantendo contato com o mundo. Gosto, francamente de ir sabendo notícias e vendo fotos de férias (ok, é o meu pequeno lado voyeur). Há sugestões que valem a pena, musicais, cinematográficas, leituras, acontecimentos e divertimento, e que me permitem uma atualizaçãozita que, doutro modo, não conseguiria. Depois para quem gosta fortemente de comunicar e mesmo reacender amizades entretanto desaparecidas ou esquecidas, também é interessante. Rever (pois não é o livro das caras?) rostos perdidos no tempo e nos percursos de cada um, e depois interagir é também (re)construir histórias e às vezes afetos, ainda que de uma forma não física.
De qualquer forma, há nitidamente a tendência para interagir mais com as pessoas que fazem parte do nosso mundo real, ou seja, há lá amigos com os quais nunca falamos, provavelmente até não estão editados na nossa Home. Sim, eu própria o faço. Ou seja as inibições da distância física e emocional, verificadas na vida lá fora, são transportadas para o espaço cibernauta. Portanto, daqueles amigos todos, estarão conhecidos, colegas, até não conhecidos, e menos, muito menos amigos a sério. Mas também digo que tal facto acaba por não ser uma desvantagem, de todo. Tudo pode ser positivo, consoante o uso que se faça e os objetivos de cada um de nós. Assim, até uma pastelaria pode ter sentido. Principalmente se a dita começar a comentar as minhas fotos...e clicar Like, pois claro.

4 comentários:

  1. "Like"
    joao de miranda m.

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  2. Tenho muito orgulho em dizer que sou amiga do Pão de Ló de Alfeizerão ...por acaso, ele não me liga muito e nunca colocou nenhum gosto nos meus comentários ou ligações. Estou a pensar bloqueá-lo! ;) Brincadeiras à parte, o meu uso de redes sociais e blogues, vai de encontro ao teu! Mais um belo texto cheio de humor e que propicia momentos de reflexão! Gi

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  3. Obgda João. Like You:)
    Gi o que me ri com este comentário...Pão de Ló? Maravilhoso. Estou a pensar adicionar as bolas de berlim, as natas do céu e talvez ainda os ovos moles, por afinidades conterrâneas. Isto para começar ... :) Faty

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  4. Sinto-me uma sortuda por ter somente 170 amigos no FB. Mas, há umas semanas, descobri alguém no FB com 5000 amigos e assustei-me. Tornou-se amigo de todas as pastelarias, restaurantes e lojas da zona, certamente! eheheh
    Antes do verão, houve uma discussão sobre o FB no meu clube. Das 12 pessoas presentes, apenas 3 se encontram no FB. Havendo algumas pessoas de idade e outras pouco dadas às novas tecnologias, não é de estranhar. Tentei convencer o grupo de que, como tudo na vida, o FB tem um lado positivo e um lado negativo. Sobretudo ajuda a aproximar as pessoas, apesar da distância física. Marla

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